Segundo relatório anual divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM, em 2015 foi registrado um recorde de concentrações na atmosfera de gases que causam o efeito estufa. Pela primeira vez, as emissões de dióxido de carbono, CO2, ultrapassaram 400 partes por milhão.
O fenômeno El Niño seria o principal “culpado” dos níveis recordes de gases na atmosfera. Segundo a OMM, as secas em vários países limitaram a capacidade da terra de absorver dióxido de carbono, que é o principal gás responsável pelo aquecimento global.
Em Genebra, o secretário-executivo da OMM, Petteri Taalas, explicou mais sobre os resultados do levantamento.
Segundo ele, a notícia ruim é que o tempo de vida do dióxido de carbono é muito longo e poderão ser necessários “dezenas de milhares de anos” para que a qualidade do ar volte aos níveis da era pré-industrial.
A OMM revela que os níveis de CO2 na atmosfera estão 144% acima do patamar registrado em 1750. Outros gases também estão com volume recorde: óxido nitroso (121% acima da era pré-industrial) e metano (aumento de 256%).
A agência da ONU acredita que as concentrações de dióxido de carbono continuarão acima de 400 partes por milhão até o fim de 2016 e provavelmente não irão diminuir “pelas próximas gerações”.
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