Economistas esclareceram a pergunta que não quer calar: dinheiro traz felicidade? Segundo o estudo “A reassessment of the relationship between GDP and life satisfation” (“Uma reavaliação da relação entre PIB e satisfação de vida” – tradução livre), sim, dinheiro traz felicidade.
O estudo, conduzido pelo economista Eugenio Proto, no Centro para Vantagem Competitiva na Economia Global da Unversidade de Warwick, e por Aldo Rustichini, da Universidade de Minnesota, encontrou a hipótese esperada quando o teste ocorreu em países mais pobres: a satisfação de vida aumenta à medida em que a riqueza do país aumenta. Quanto mais a população dos países pobres é capaz de atender suas necessidades básicas, aumenta-se a satisfação.
Contudo, a grande surpresa do estudo foi referente aos países ricos: uma vez que a renda per capta atinge um certo ponto – em torno de 36 mil dólares – o nível de satisfação de vida chega a um pico. Depois de atingir tal ponto, a satisfação tem uma pequena queda. Tal queda não tinha sido mencionada em nenhum outro estudo anterior.
Os pesquisadores encontraram evidências de que a queda da felicidade nos países mais ricos se dá porque mais dinheiro cria maiores ambições, resultando em decepção e, consequentemente, uma queda na satisfação de vida quando tais ambições não se concretizam.
A queda da “felicidade” é resultado sobretudo da mudança no nível de ambição das pessoas. E esse nível de ambição tende a aumentar somente se há riqueza e oportunidades ao redor. Segundo o estudo, a diferença entre a renda real e a renda que se gostaria de ter é o que “corrói” a felicidade.
A pergunta “dinheiro traz felicidade?” sempre será polêmica. A polêmica vem do fato de que, enquanto uns consideram a renda como apenas um dos fatores que influenciam no quão satisfeitos estamos com nossas vidas, outros consideram o fator como principal ou preponderante para que a felicidade aconteça.
Fonte: Phys.org
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