A evapotranspiração pode ser entendida como a forma pela qual a água da superfície terrestre passa do estado líquido para o estado gasoso na atmosfera. Por isso, ela tem papel fundamental no ciclo hidrológico d’água em termos globais.
Esse processo envolve duas ações: a evaporação da água e a transpiração dos vegetais. A primeira ocorre em rios, lagos, oceanos, solos e vegetações. Por sua vez, a segunda acontece especialmente através da superfície das folhas das plantas.
Este processo ocorre quando há a transferência de água para a atmosfera a partir das movimentações hídricas da superfície (por exemplo, vapor gerado pela incidência de radiação solar no corpo hídrico). Dessa maneira, a evapotranspiração depende de dois processos distintos, mas que ocorrem simultaneamente na superfície terrestre.
No geral, ela pode ser medida em milímetro por dia (mm/dia) com tanques de água vegetados. Um milímetro significa transferir para a atmosfera um litro de água disponível do solo para cada metro quadrado da superfície.
A evapotranspiração depende de vários fatores, como manejo, uso e umidade do solo, condições climáticas, como incidência de radiação solar, umidade do ar e temperatura, e características da vegetação em questão. Ela pode ser dividida em evapotranspiração real, evapotranspiração potencial, evapotranspiração de referência e evapotranspiração da cultura.
A evapotranspiração está diretamente relacionada com os processos de evaporação e transpiração das plantas. A evaporação é um processo físico de mudança de fase, que ocorre do estado líquido para o estado gasoso, o estado de vapor de água.
Ela acontece nos oceanos, lagos, rios, solos e vegetações. Vale ressaltar que a evaporação é uma transformação endotérmica. Isso significa que ela absorve calor durante a sua ocorrência.
A transpiração é um processo biofísico em que um vegetal expele a quantidade de água excedente através de suas folhas, principal superfície de contato entre ele e o ambiente externo. O processo de transferência da água utilizada no metabolismo da planta para a atmosfera ocorre pelos estômatos e pela cutícula.
Os estômatos se localizam na epiderme das folhas, geralmente em sua parte inferior. Porém, eles também podem ser encontrados no caule, flores ou frutos. Essas estruturas possuem a capacidade de abrir e fechar, permitindo a troca de gases com o ambiente e a saída de vapor.
Por outro lado, a cutícula que reveste as folhas pode ser considerada impermeável. Assim, há apenas uma pequena perda de água para a atmosfera.
Um estudo realizado em Las Vegas – que é uma cidade situada em uma área geográfica árida – concluiu que, conforme as árvores crescem, o consumo de água aumenta. Além disso, os pesquisadores descobriram que, em centros urbanos, as plantas absorvem mais água do que árvores maduras.
Essa descoberta é relevante para projetos de irrigação urbana. Isso porque, em momentos de escassez de água, é imprescindível evitar a irrigação excessiva. Nesse cenário, a pesquisa aponta que uma possível forma de manejo para economizar água seria remover as gramíneas, e não as árvores.
A evapotranspiração é fundamental no ciclo da água. De acordo com estudos, cerca de 70% da quantidade de água precipitada sobre a superfície terrestre retorna à atmosfera por meio desse processo. Além disso, a mensuração da evapotranspiração permite:
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