O complexo de feiras que reúne a ExpoSucata, MercoApara, ReciclaPlast, Expolixo e a RCD Expo, acaba de ganhar mais uma feira, a MercoHydro. Isso comprova não só o crescimento exponencial dos mercados da reutilização e do reaproveitamento de resíduos e sucata, mas também o compromisso dos agora seis eventos reunidos pela Editora EcoBrasil. O encontro acontece de 19 a 21 de agosto no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Diante dos planos industriais e políticas públicas voltadas à área de saneamento, a MercoHydro – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de ÁGUA, Esgoto, Efluentes Industriais e Urbanos – nasce com acentuada relevância para quem busca lucro no mercado de tratamento de água e efluentes na América Latina.
Um dos aspectos positivos, e que deve movimentar a nova feira são os investimentos em saneamento que dobraram nos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Em 2003, o volume de recursos era de R$ 5,3 bilhões; em 2012, foi de R$ 10,3 bilhões.
Realizada desde 2006, a ExpoSucata vem refletindo o crescimento do setor de reciclagem ano a ano. No ano de 2013, cerca de 3720 pessoas participaram do evento que ocupou com 120 marcas expostas. Juntas, essas feiras formam o maior evento pare resíduos sólidos da América Latina. Elas somarão 40 mil m², além de reunir 180 expositores e mais de 4 mil visitantes qualificados. Tradicionalmente, o evento conta com uma grade completa de congressos e área externa de visitações, onde estão incluídas demonstrações de equipamentos rodoviários, processamento de materiais, demolição e reciclagem de construção e equipamentos de pequeno porte.
Em 2013 surgiu o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que estabelece diretrizes, metas e ações de saneamento básico para o país de 2014 até 2033. Ao longo desse tempo, os investimentos estimados são de R$ 508,4 bilhões, através de fontes governamentais e da iniciativa privada. O Plansab prevê alcançar nas próximas duas décadas 99% de cobertura no abastecimento de água potável, em 100% da área urbana e de 92% no esgotamento sanitário, sendo 93% na área urbana – o que significa que muito precisa ser feito.
Dos materiais que vão para aterros e lixões, aproximadamente 40% são resíduos de construções e demolições. Por isso, entre outros pontos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece o final dos lixões a céu aberto até agosto de 2014. Tal política ainda precisa ser totalmente implementada, apesar de já regulamentada e estabelecida desde dezembro de 2010.
Existe agora mesmo, 2 mil lixões que recebem resíduos em todo o país, portanto, a meta não deverá ser cumprida este ano. Destes aterros, apenas 766 fazem coleta seletiva. Anualmente, são movimentados 105 milhões de toneladas de materiais, sendo reciclados mais de 23 milhões de toneladas dos mais diversos materiais. Porém, é preciso investimento em inovação para que a coleta e reciclagem caminhem em direção à PNRS.De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013, divulgada em 2014, apenas 33,5% (ou 1.868) dos municípios possuíam o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
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