“Perguntar se nós, humanos, descendemos do macaco é inadequado – somos macacos. A evolução que resultou no Homo sapiens não foi linear, e sim feita de idas e vindas. Ficamos bípedes não de uma vez só, mas aos poucos. Durante milhões de anos, os hominídeos viveram entre a copa das árvores e o chão: a chamada bipedia facultativa”, diz Walter Neves, o maior especialista brasileiro em evolução humana, docente do Instituto de Biociências da USP. Em 12 aulas curtas e simples, ele apresenta os pontos principais do caminho trilhado pelo ancestral comum a nós e aos chimpanzés até o aparecimento do H. sapiens, 200 mil anos atrás.
Em sua carreira de quarenta anos como pesquisador da evolução humana, Walter Neves reuniu réplicas de crânios das espécies de grandes símios e de hominídeos que nos precederam ou, em certos períodos dessa história de sete milhões de anos, conviveram com os humanos ou com nossos ancestrais. O curso “A Saga da Humanidade” baseia-se nessas réplicas, em torno das quais Neves relata os hábitos e características de cada espécie. Do Sahelanthropus tchadensis ao Homo neanderthalensis, o professor nos conduz pela longa saga que levou nossa espécie a ocupar o planeta.
Há sete milhões de anos, provavelmente na África, viveu um ancestral comum aos chimpanzés e a nós, humanos.
Na aula 1, Walter Neves explica o porquê de sua afirmação de que “somos macacos”:
Na aula 2, Walter Neves apresenta as características que diferenciam o crânio dos chimpanzés do dos humanos e explica porque detalhes são tão importantes para entender os fósseis.
A evolução humana não aconteceu linearmente e sim em mosaico – esse é um dos mitos desmentidos na aula 3.
Na aula 4, será mostrado o crânio de um antiquíssimo homíninio (primata hominóideo que faz parte da família Hominidae) – o Sahelanthropus tchadensis, de sete milhões de anos. O fóssil é tão antigo que poderia até ser o chamado de “elo perdido” entre chimpanzés e humanos. E já era bípede.
A aula 5 tratará do Ardipithecus ramidus, um ancestral que viveu na África há quatro milhões e meio de anos. Os arqueólogos encontraram quase um esqueleto inteiro do ramidus, o que permite saber que a espécie tinha características de bípede e de primata que vivia em árvores.
O Australopithecus afarensis é uma espécie descrita a partir da localização, na Etiópia, nos anos 1960, da famosa “Lucy”. O afarensis viveu há 3,2 milhões de anos e é o tema desta aula 6.
Nesta aula 7, Walter Neves apresenta o Homo habilis, espécie com capacidade craniana maior que a dos chimpanzés.
O Homo erectus foi o primeiro homíninio a deixar a África – e o primeiro bípede terrestre. Há 1,8 milhões de anos, a espécie já estava no Cáucaso e dali se expandiu para outras partes da Ásia. Mas por que ele não chegou à Europa? Confira a resposta dessa pergunta na aula 8.
Os crânios do H. heidelbergensis têm quase a capacidade do crânio dos Homo sapiens, entenda.
O primeiro fóssil de um neandertal foi encontrado na metade do século XIX – uma calota craniana foi descoberta e a espécie foi descrita. Em 1908, apareceu um crânio inteiro na França. Neandertais e humanos cruzaram, trocando genes.
A nossa espécie – Homo sapiens, um descendente dos H. heidelbergensis – surgiu há 200 mil anos, junto com perguntas sobre o sentido da vida, e é tema desta aula 11.
Neste vídeo, Walter Neves recomenda livros e exposições – e fala o que pensa sobre religião e ciência.
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