Exercícios cognitivos: importância e dicas

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Exercícios cognitivos são uma excelente ferramenta para manter o cérebro sempre em movimento. Assim como os exercícios físicos, que proporcionam diversos benefícios à saúde e retardam o envelhecimento do corpo, os exercícios cognitivos melhoram as funções do cérebro, o órgão mais complexo do corpo. 

O cérebro é conhecido como o órgão mais importante da biologia humana, porque desempenha um papel em todos os principais sistemas do corpo. Ele é responsável por processar, interpretar e responder às informações sensoriais recebidas e pelo controle das nossas emoções. Além disso, é o lar da memória, da inteligência e da criatividade.

Embora o cérebro faça muitos exercícios todos os dias, certas atividades podem ajudar a aumentar a função e a conectividade do cérebro. Isso, por sua vez, pode ajudar a protegê-lo da degeneração relacionada à idade. No entanto, os exercícios cognitivos são importantes para pessoas de qualquer idade – da infância até a velhice.

Estudo revela exercícios cognitivos que melhoram as habilidades matemáticas de crianças

As crianças que praticam a memória operacional visual e tarefas de raciocínio melhoram suas habilidades matemáticas mais do que as crianças que se concentram em exercícios de rotação espacial, de acordo com um grande estudo realizado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia. 

Os resultados apoiam a noção de que o treinamento da cognição espacial pode melhorar o desempenho acadêmico e que, quando se trata de matemática, o tipo de treinamento é importante. O estudo foi publicado na revista Nature Human Behavior.

Neste estudo, mais de 17 mil  alunos suecos com idades entre seis e oito anos completaram o treinamento cognitivo por meio de um aplicativo durante sete semanas. 

No final do experimento, os  pesquisadores descobriram que todos os grupos melhoraram no desempenho matemático, mas que o treinamento de raciocínio teve o maior impacto positivo, seguido por tarefas de memória operacional. 

Tanto o raciocínio quanto o treinamento de memória superaram significativamente o treinamento de rotação no que se refere ao aprimoramento matemático.

Eles também observaram que os benefícios do treinamento cognitivo podem diferir entre os indivíduos. Isso poderia explicar as diferenças nos resultados de alguns estudos anteriores, visto que as características individuais dos participantes do estudo tendem a impactar os resultados.

11 exercícios cognitivos para praticar no dia a dia

1. Meditar

A meditação geralmente envolve focalizar a atenção de uma forma calma e controlada. A técnica pode ter vários benefícios para o cérebro e para o corpo.

De acordo com o Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa dos Estados Unidos, a meditação pode beneficiar o cérebro, retardando o envelhecimento do órgão e aumentando sua capacidade de  processar informações.

2. Visualizar

A visualização envolve a formação de uma imagem mental para representar a informação. A imagem mental pode ser na forma de imagens ou cenas animadas.

Uma revisão de estudos de 2018 observou que a visualização pode ajudar as pessoas a organizar informações e tomar decisões apropriadas.

Como funciona? Antes de ir às compras, por exemplo, experimente visualizar como você chegará e sairá do supermercado, imaginando o que vai comprar e o que deixará de comprar. O segredo é imaginar as cenas vividamente e com o máximo de detalhes possível.

3. Jogar

Jogar cartas ou jogos de tabuleiro pode ser uma forma divertida de socializar ou de passar o tempo. Essas atividades também podem ser benéficas para o cérebro. Um estudo de 2017 encontrou uma ligação entre jogos e uma diminuição do risco de deficiência cognitiva em adultos mais velhos.

5. Fazer palavras-cruzadas

As palavras-cruzadas são uma atividade popular que pode estimular o cérebro. Um estudo de 2011 descobriu que a prática ajuda a atrasar o início do declínio da memória em pessoas com demência pré-clínica.

6. Socializar

Desfrutar da companhia de amigos pode ser uma atividade de lazer mentalmente envolvente e pode ajudar a preservar a função cognitiva.

Um estudo de 2019 revelou que pessoas com contato social mais frequente tinham menos probabilidade de sofrer declínio cognitivo e demência.

7. Aprimorar o vocabulário 

Aumentar a gama de palavras que você utiliza no dia a dia é uma ótima maneira de ampliar o conhecimento enquanto exercita o cérebro.

Uma maneira simples de aumentar o vocabulário é ler um livro ou assistir a um programa de TV, anotando quaisquer palavras que não sejam familiares e procurando seu significado no dicionário. 

Em seguida, você pode procurar maneiras de incluir suas palavras novas em uma frase ou num texto. Escrever, aliás, também é um exercício cognitivo excelente e supereficaz!

8. Aprender um novo idioma

Uma revisão de 2019 observou que o bilinguismo aumenta e fortalece a conectividade entre diferentes áreas do cérebro.

Os pesquisadores propõem que esta conectividade aprimorada pode desempenhar um papel no retardamento do início da doença de Alzheimer e outras formas de demência.

9. Usar sua mão não dominante

Em seu livro Mantenha o seu cérebro vivo: 83 exercícios neuróbicos para ajudar a prevenir a perda de memória e aumentar a aptidão mental, o neurobiologista Lawrence Katz recomenda o uso de sua mão não dominante para fortalecer sua mente. Como usar a mão oposta pode ser tão desafiador, pode ser uma ótima maneira de aumentar a atividade cerebral.

10. Aprender algo novo

Aprender uma nova habilidade não é apenas divertido e interessante, mas também pode ajudar a fortalecer as conexões em seu cérebro.

Uma pesquisa de 2014 mostrou que aprender uma nova habilidade pode ajudar a melhorar a função de memória em adultos mais velhos.

11. Tocar ou ouvir música

Você quer uma maneira fácil de aumentar o poder do seu cérebro criativo? A resposta pode estar na música.

De acordo com um estudo de 2017, ouvir música ajuda a gerar soluções mais inovadoras do que ficar em silêncio. Isso também vale para tocar um instrumento. Ambas as atividades podem ajudar a impulsionar seu pensamento criativo e capacidade cerebral.

Isabela

Redatora e revisora de textos, formada em Letras pela Universidade de São Paulo. Vegetariana, ecochata na medida, pisciana e louca dos signos. Apaixonada por literatura russa, filmes de terror dos anos 80, política & sociedade. Psicanalista em formação. Meu melhor amigo é um cachorro chamado Tico.

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