Exoesqueleto, ou cutícula, é uma estrutura rígida e espessa presente em alguns seres vivos, com a função de sustentação externa, proteção, ponto de apoio a músculos e revestimento. Ele pode ser encontrado em animais do filo Arthropoda, como aranhas, escorpiões e caranguejos, sendo considerado um atributo fundamental ao sucesso adaptativo destes. Vale ressaltar que a composição de cada exoesqueleto varia de animal para animal.
O exoesqueleto que reveste externamente o corpo dos artrópodes, por exemplo, é composto principalmente por uma substância nitrogenada do grupo dos polissacarídeos, a quitina. As longas moléculas de quitina formam uma malha rígida na maior parte do corpo e um revestimento mais flexível nas articulações. Em muitos crustáceos, a malha quitinosa impregna-se de carbonato de cálcio, constituindo couraças duras e espessas, como as que ocorrem em caranguejos e lagostas.
Além dos artrópodes, os corais possuem um exoesqueleto. Nesses animais, ele é composto por uma forma cristalina de carbonato de cálcio, conhecida como aragonita, que vai sendo precipitada continuamente por eles. O exoesqueleto vai se desenvolvendo de forma vertical, dando origem a imensos recifes. Alguns moluscos também apresentam um exoesqueleto rígido em forma de concha que ajuda na proteção de seu corpo mole. Essas conchas são formadas principalmente por carbonato de cálcio, garantindo a rigidez dessa estrutura.
Como dito anteriormente, o exoesqueleto é um atributo fundamental para o sucesso adaptativo dos animais pertencentes ao filo Arthropoda. Isso porque ele funciona como uma proteção contra atrito, patógenos, predadores e variações do meio ambiente. Além disso, dá suporte estrutural e forma ao corpo do animal.
Devido à sua rigidez, o exoesqueleto não permite crescimento corporal e os animais precisam trocá-lo periodicamente para poder crescer. Essa troca, denominada muda, ou ecdise, pode ocorrer várias vezes ao longo da vida do animal.
Durante a muda, a epiderme secreta um novo exoesqueleto embaixo do antigo, e este se fende dorsalmente, permitindo a saída do ser com um novo exoesqueleto em formação. Este é inicialmente flexível e distende-se à medida que o corpo do animal se dilata, logo após a muda. Depois de alguns minutos ou horas, dependendo da espécie, o novo exoesqueleto endurece e o ser para de crescer. Uma nova fase de crescimento somente será possível após a muda seguinte.
O aquecimento global está sendo responsável pelo fenômeno de acidificação dos oceanos. Esse processo ocorre em decorrência da grande quantidade de CO2 atmosférico, que se dissolve na água e forma ácido carbônico. Por ser um composto muito instável, ele sofre dissociação e libera grande quantidade de íons H + na água, o que a torna mais ácida. A acidificação dos oceanos impacta diretamente a formação do exoesqueleto dos corais, que fica mais frágil e sujeito a ser diluído.
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