Fazenda de vento, ou eólica, é um termo utilizado para caracterizar uma área com instalações que se aproveitam da força dos ventos locais para mover as pás das turbinas eólicas, gerando energia a partir do movimento. Estas estruturas podem ser implantadas em terra firme (on-shore) ou em alto-mar (off-shore).
A busca pela diminuição dos impactos socioambientais causados pelas fontes de energia tradicionais e pela preservação dos recursos naturais deu início ao uso de fontes de energia alternativas e com baixo custo ambiental, chamadas energias renováveis. Além de serem praticamente inesgotáveis, as energias ecológicas podem apresentar impacto ambiental muito baixo, sem afetar o balanço térmico ou a composição atmosférica do planeta. Entre elas, pode-se citar a energia eólica.
As fazendas de vento não são muito comuns. Isso porque, segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o vento apresenta as condições necessárias para a geração de energia – altura mínima de 50 metros e correntes de ar média de 7 a 8 m/s – em apenas 13% da superfície terrestre.
Energia eólica é a energia produzida a partir da energia cinética do vento (massas de ar em movimento) e do aquecimento eletromagnético do sol (energia solar), que, juntos, movimentam as pás de captadores. O Brasil tem um grande potencial eólico, fazendo parte do ranking dos dez países mais atraentes do mundo para investimentos no setor desde 2010.
A emissão de dióxido de carbono dessa fonte de energia alternativa é mais baixa que a da energia solar e é uma opção para o país não depender somente das hidrelétricas. Os investimentos em fazendas de vento são uma ótima opção para a neutralização do carbono emitido por empresas, atividades, processos e eventos.
A região Nordeste é a que mais gera energia eólica no Brasil, sendo o Rio Grande do Norte e a Bahia os maiores estados produtores deste importante tipo de energia renovável.
A principal vantagem da energia eólica é que se trata de uma fonte de energia renovável e “limpa”. Além de não emitir gases do efeito estufa, que contribuem para as mudanças climáticas, também não produz resíduos ao gerar eletricidade.
Além disso, a fonte da energia eólica é considerada inesgotável e não há custos associados à sua obtenção, diferentemente do que ocorre com os combustíveis fósseis.
Os custos de implantação são relativamente baixos. A necessidade de manutenção é pequena e são criadas novas oportunidades de emprego em áreas que normalmente recebem pouco investimento.
Uma crítica muito comum à energia eólica é referente a sua intermitência. Ela depende da ocorrência de vento em densidade e velocidade ideais, e esses parâmetros sofrem variações anuais e sazonais.
Por isso, para a energia eólica ser considerada aproveitável do ponto de vista técnico, a fazenda de vento deve ser implantada em um local em que a densidade da massa de ar seja maior ou igual a 500 watts por metro quadrado (W/m²) a uma altura de 50 metros, e a velocidade do vento seja de sete a oito metros por segundo (m/s).
Um dos impactos ambientais negativos recai sobre os pássaros e os morcegos. Ao voarem muito perto das turbinas, esses animais são atingidos pelas pás e sofrem ferimentos graves e até morrem. A implantação de fazendas de vento pode influenciar a mudança nas rotas de fluxos migratórios de populações de aves e morcegos.
Além disso, as fazendas de vento também podem impactar negativamente o ecossistema local e as populações humanas do entorno devido ao alto ruído que as turbinas produzem ao operarem.
De acordo com um estudo, fazendas de vento off-shore podem ajudar a reverter os efeitos da estratificação causada pelas mudanças climáticas.
A introdução de turbinas eólicas em águas mais profundas, onde o oceano é estratificado, fornecerá uma nova fonte artificial de turbulência. A água que flui pelas fundações flutuantes da turbina gerará esteiras, fazendo com que as camadas quentes e frias se misturem.
Esse aumento da turbulência poderia potencialmente compensar os impactos das mudanças climáticas na estratificação e aumentar o fornecimento de nutrientes para a camada superficial e de oxigênio para as águas profundas.
Sendo assim, o vento off-shore pode ajudar os mares sazonalmente estratificados a se tornarem mais produtivos, mais biodiversos e sustentar mais peixes. O projeto cuidadoso de turbinas e o planejamento de parques eólicos podem, portanto, fornecer uma ferramenta importante na batalha para salvar esses importantes ecossistemas dos piores impactos das mudanças climáticas.
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