A febre do vale é o estágio mais leve da infecção causada pelo fungo coccidioides. Esse microrganismo, quando no corpo humano, pode gerar febre, tosse e cansaço, que às vezes evoluem para sintomas mais severos. O fungo responsável pela condição é encontrado em solos da América do Sul, Central e em alguns estados nos Estados Unidos, onde recebeu o nome em homenagem ao Vale de São Joaquim na Califórnia.
Existem dois tipos de fungos que causam a febre do vale, sendo eles: Coccidioides immitis (C. immitis) e o Coccidioides posadasii (C. posadasii). Quando o solo contaminado é alterado, seja pelo cultivo, por construções ou até mesmo pelo vento, o organismo se divide em esporos, que podem ser inalados pelo ser humano, resultando na infecção.
A maioria dos quadros são leves e melhoram depois de alguns dias. Entretanto, casos mais severos precisam de tratamento específico para que haja uma boa recuperação.
Ao inalar um dos fungos citados acima, os esporos se acomodam no pulmão, onde crescem e se dividem, se transformando em esférulas. Assim ele pode se espalhar por todo o corpo humano. Os sintomas da febre do vale são causados pela resposta do sistema imunológico a essas partículas.
A fase leve da infecção coccidioidomicose é chamada de febre do vale, ela pode apresentar sintomas fracos ou ser totalmente assintomática. A maioria dos sinais surgem depois de uma ou três semanas da contaminação e são semelhantes aos sintomas da gripe:
Algumas pessoas só descobrem que tiveram febre do vale através de exames de sangue, que revelam que ela já foi infectada. Enquanto isso, indivíduos que apresentam sintomas leves costumam ter uma melhora no quadro após alguns dias da contaminação, desde que se mantenham em repouso e tomem cuidados com a saúde.
Caso a febre do vale não passe com o tempo, ela evolui para uma forma mais grave de pneumonia. Essa complicação é comum em indivíduos que têm um sistema imunológico sensível. Os principais sinais do agravamento da condição são:
O caso mais grave da doença, a coccidioidomicose disseminada é rara, mas pode resultar na morte do paciente. Ela acontece quando a infecção se espalha pelo corpo, atacando regiões como a pele, o fígado, o cérebro, o coração e as membranas da medula espinhal (meninges).
Os sintomas da condição dependem da parte do corpo que foi afetada e podem se apresentar como:
O contato desprotegido com solo infectado é a principal causa da febre do vale. Além disso, ela pode ocorrer devido a inalação de esporos que são levados pelo vento.
É importante frisar que a febre do vale não é contagiosa. Ou seja, você não consegue pegar ela ao ter contato com um infectado. Entretanto, existem casos raros em que o indivíduo contraiu a doença pelo contato com feridas infectadas.
A seguir elencamos alguns fatores que podem aumentar o risco de contrair febre do vale:
Exposição ambiental: ter contato rotineiro com ambientes onde os esporos se proliferam, como o solo ou tempestades de poeira;
Gestação: gestantes são vulneráveis aos casos graves da infecção a partir do terceiro semestre. Pessoas que acabaram de dar a luz também ficam sensíveis a contaminação;
Sistema imunológico fraco: aqueles que têm uma doença autoimune, ou sistema imune enfraquecido, têm maiores chances de desenvolver a coccidioidomicose grave. Nesse caso se enquadram pessoas com AIDS, que fazem quimioterapia ou radioterapia, que tomam medicamentos pós-transplante, com artrite reumatoide e doença de Crohn;
Diabetes: indivíduos diagnosticados com diabetes têm maior risco de desenvolver infecções nos pulmões em decorrência da febre do vale;
Idade: idosos são propensos a desenvolver febre do vale devido ao enfraquecimento de seu sistema imunológico;
Quando a febre do vale se torna um caso grave de coccidioidomicose, o paciente pode apresentar uma série de complicações:
Depois que a febre do vale é diagnosticada, por meio de exames de sangue, imagem e biópsia. O paciente é tratado de acordo com a gravidade do caso. Pessoas com sintomas leves fazem o uso de medicamentos que reduzem o avanço da condição, como antifúngicos e remédios para dor. Esse tratamento medicinal pode durar de três a seis meses, e se alongar dependendo do caso.
Não existe uma vacina para a febre do vale, e tentar não inalar os esporos pode ser uma tarefa difícil. Entretanto, se você tem contato constante com áreas de risco, tente adotar medidas preventivas, como:
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