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A Organização Meteorológica Mundial destacou que 2016 já quebrou alguns recordes de aquecimento apenas em seus primeiros meses

Imagem: Banco Mundial

Em 23 de março, no Dia Mundial da Meteorologia, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou os Estados-membros a respeito dos eventos climáticos extremos que estão se tornando “o novo normal”. Segundo o chefe da ONU, o mundo está correndo contra o tempo para conseguir conter o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C.

Esse objetivo é um dos previstos pelo Acordo de Paris, mas para cumpri-lo os países terão que tomar medidas mais ousadas.

Segundo uma avaliação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicada às vésperas da data global (21), planos nacionais de combate às mudanças climáticas apresentados até o momento talvez não sejam capazes de evitar uma elevação de 3°C da temperatura. A agência chamou atenção para os recordes de calor já observados no princípio de 2016.

Em janeiro e fevereiro desse ano, temperaturas mensais atingiram níveis mais altos principalmente no norte do planeta. A extensão de gelo no oceano ártico foi verificada por satélites como a mais baixa para os dois meses, segundo a NASA. Também em 2016, a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera ultrapassou a barreira simbólica de 400 partes por milhão.

Esses dados iniciais são preocupantes, uma vez que 2015 foi considerado o ano mais quente já registrado, com ondas de calor intensas, secas devastadoras, volumes de chuva excepcionais e atividades incomuns de ciclones tropicais.

Para o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, “o futuro está acontecendo agora”.

“A taxa alarmante de mudanças que estamos testemunhando agora em nosso clima como um resultado de emissões de gases é inédita em registros modernos”, destacou.

Em 2016, o tema da agência da ONU para o Dia Mundial foi “Mais quente, mais seco, mais molhado: enfrente o futuro”.

No ano passado, a temperatura média global do ano passado foi calculada em cerca 0,76°C acima da média para o período entre de 1961 a 1990. Aquecimento foi atribuído ao intenso El Niño e às ações do homem.

“Muitas pessoas acham agora que o problema está resolvido, uma vez que chegamos a um ótimo acordo em Paris… Mas o lado negativo é que nós não mudamos nossos comportamentos”, disse o chefe da OMM.

Para Ban Ki-moon, a “janela de oportunidade” dos países está se fechando para que ações ousadas sejam tomadas.

“Apenas através de respostas decisivas às mudanças climáticas nós poderemos evitar os piores impactos das mudanças climáticas e estabelecer as bases de um mundo de paz, prosperidade e oportunidade para todos”, ressaltou.

De acordo com a OMM, se nenhum limite for imposto aos combustíveis fósseis, a concentração de dióxido de carbono no ar pode chegar a cinco vezes o volume atual, dentro de 500 anos. Essa quantidade de gás carbônico provocaria um aumento de 7°C a 8°C na temperatura do planeta. Para retornar a níveis normais, o mundo levaria 100 mil anos.

Fonte: ONUBr

Veja também:
Escassez de água pode limitar crescimento econômico nas próximas décadas, diz ONU
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Na quarta-feira (23), Dia Mundial da Meteorologia, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou os Estados-membros a respeito dos eventos climáticos extremos que estão se tornando “o novo normal”. Segundo o chefe da ONU, o mundo está correndo contra o tempo para conseguir conter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC.

Esse objetivo é um dos previstos pelo Acordo de Paris, mas para cumpri-lo os países terão que tomar medidas mais ousadas.

Segundo uma avaliação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicada às vésperas da data global (21), planos nacionais de combate às mudanças climáticas apresentados até o momento talvez não sejam capazes de evitar uma elevação de 3ºC da temperatura. A agência chamou atenção para os recordes de calor já observados no princípio de 2016.

Em janeiro e fevereiro desse ano, temperaturas mensais atingiram níveis mais altos principalmente no norte do planeta. A extensão de gelo no oceano ártico foi verificada por satélites como a mais baixa para os dois meses, segundo a NASA. Também em 2016, a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera ultrapassou a barreira simbólica de 400 partes por milhão.

Esses dados iniciais são preocupantes, uma vez que 2015 foi considerado o ano mais quente já registrado, com ondas de calor intensas, secas devastadoras, volumes de chuva excepcionais e atividades incomuns de ciclones tropicais.

Para o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, “o futuro está acontecendo agora”.

“A taxa alarmante de mudanças que estamos testemunhando agora em nosso clima como um resultado de emissões de gases é inédita em registros modernos”, destacou.

Em 2016, o tema da agência da ONU para o Dia Mundial foi “Mais quente, mais seco, mais molhado: enfrente o futuro”.

No ano passado, a temperatura média global do ano passado foi calculada em cerca 0,76ºC acima da média para o período entre de 1961 a 1990. Aquecimento foi atribuído ao intenso El Niño e às ações do homem.

“Muitas pessoas acham agora que o problema está resolvido, uma vez que chegamos a um ótimo acordo em Paris… mas o lado negativo é que nós não mudamos nossos comportamentos”, disse o chefe da OMM.

Para Ban Ki-moon, a “janela de oportunidade” dos países está se fechando para que ações ousadas sejam tomadas.

“Apenas através de respostas decisivas às mudanças climáticas, nós poderemos evitar os piores impactos das mudanças climáticas e estabelecer as bases de um mundo de paz, prosperidade e oportunidade para todos”, ressaltou.

De acordo com a OMM, se nenhum limite for imposto aos combustíveis fósseis, a concentração de dióxido de carbono no ar pode chegar a cinco vezes o volume atual, dentro de 500 anos. Essa quantidade de gás carbônico provocaria um aumento de 7 a 8ºC na temperatura do planeta. Para retornar a níveis normais, o mundo levaria 100 mil anos.


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