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Os feromônios são substâncias químicas responsáveis por uma “comunicação invisível" entre espécies
O termo feromônio é originado do grego “pherein” e “horman”, que significam carregar e estimular, respectivamente. Os feromônios são substâncias químicas produzidas naturalmente e secretadas por um organismo, servindo para identificar outros organismos da mesma espécie. Desse modo, eles são como uma forma invisível de comunicação intraespecífica em grande parte do reino animal e vegetal.
Para que servem os feromônios?
Na maioria das vezes, os feromônios são ligados à atração sexual e localização de potenciais parceiros. No entanto, eles também possuem funções ao marcar território, identificar fontes de comida e avisar outros organismos sobre potenciais ameaças.
No geral, existem vários tipos de feromônios, que desempenham diferentes funções. Como os principais, destacam-se:
- Feromônios sexuais: servem para atrair um parceiro do sexo oposto;
- Feromônios de agregação: são liberados para coordenar atividades complexas de uma colônia, juntando os organismos;
- Feromônios de trilha: sinalizam os caminhos que a colônia deve seguir;
- Feromônios de ataque: são responsáveis pela sinalização de ataque;
- Feromônios de alarme: sinalizam algum possível perigo.
Quem produz feromônios?
Frequentemente encontrados em insetos e vertebrados, os feromônios podem ser secretados por glândulas exócrinas ou incorporados a outras substâncias, como a urina e o suor. Eles foram descobertos pela primeira vez em um tipo de mariposa e, depois, em ratos, porcos e cabras.
Em resumo, eles estão mais presentes em insetos. Porém, a maioria dos outros organismos vivos também produz esses compostos, incluindo algumas plantas.
Os humanos produzem feromônios?
De acordo com um estudo publicado no Journal of the European Society for Gynaecological Endoscopy, os feromônios podem estar presentes em todo tipo de secreção corporal, como suor, urina, sêmen e leite materno. Entretanto, pesquisadores não conseguem entrar em um acordo sobre a existência dessas substâncias no organismo humano.
Nessa perspectiva, o mesmo estudo fez uma pesquisa com dois esteroides – androstenona e androstenediona – presentes no suor masculino, que poderiam estar ligados aos feromônios. Como resultado, foi observado uma alteração positiva no humor das mulheres e em seus desejos sexuais. Porém, outros estudos também comprovam a ausência de relação entre esses esteroides e feromônios. Dessa forma, a conclusão é incerta.
Como os feromônios funcionam?
Os mamíferos (exceto os humanos), répteis e anfíbios possuem um tecido que detecta feromônios, chamado órgão vomeronasal, situado na cavidade nasal. Ele atua como um receptor químico que os capta pelo olfato. Assim, é ativada uma resposta no organismo, que pode ser uma mudança hormonal ou um comportamento específico.
É importante ressaltar que os humanos possuem esse tecido, porém muitos estudos mostram que ele é inativo em relação aos feromônios.
Feromônios sintéticos
Os feromônios sintéticos, ou seja, feitos em laboratório, podem ser usados a favor da agricultura. No combate às pragas, eles podem assumir um papel repelente, confundindo os insetos pelo olfato. Assim, essa tecnologia proporciona um cultivo mais saudável e sustentável do que o uso de pesticidas, por exemplo.
Um estudo mostrou a possibilidade do uso de feromônios no combate contra pragas em avocados, em que os pesticidas perderam seu efeito, pois os insetos perfuram a fruta para botar seus ovos por dentro. Desse modo, os feromônios sintéticos seriam uma solução viável para afastar esses organismos.
Além disso, eles também podem ser utilizados para acalmar animais domésticos, como gatos e cachorros. Um estudo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science comprovou que o uso de certos feromônios pode ajudar na convivência pacífica entre cães e gatos.
