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FGF1 pode substituir a insulina no tratamento de diabetes

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FGF1 é uma molécula produzida no tecido adiposo que ajuda a regular o nível de açúcar (glicose) no sangue, assim como a insulina. Insulina é o hormônio usado no tratamento de diabetes, porém, a descoberta da ação da FGF1 pode oferecer o desenvolvimento de uma nova terapia para a doença. 

Diabetes é uma síndrome que se caracteriza pela falta de insulina ou incapacidade das células musculares e adiposas de absorverem essa substância, causando o aumento da glicose no sangue.

glicose
O que é glicose?

A insulina permite que o açúcar presente no sangue seja absorvido pelas células para ser usado como fonte de energia, reduzindo, posteriormente, a glicemia.

Porém, em alguns casos, a glicose não é absorvida do sangue com auxílio da insulina, o que aumenta os níveis de ácidos graxos no organismo. Esses ácidos graxos aceleram a produção de açúcar pelo fígado, aumentando ainda mais o nível de glicose no sangue. Além disso, os ácidos graxos podem se acumular nos órgãos, resultando na resistência à insulina — características da diabetes e da obesidade

Por isso, a descoberta da FGF1 pode oferecer uma nova alternativa para o tratamento da diabetes. 

Tratamento da diabetes 

A descoberta da ação da FGF1 foi publicada em 2022 e realizada por cientistas do Instituto Salk. De acordo com o estudo, a FGF1 age similarmente à insulina, regulando o nível de glicose no sangue inibindo a quebra de gordura  (lipólise). Porém, em estudos anteriores, cientistas não conseguiram observar como isso acontecia.

Na pesquisa datada em 2022, entretanto, foi apontado que os hormônios seguem “caminhos diferentes” para completar a tarefa. Enquanto a insulina usa uma enzima chamada PDE3B para ativar uma via de sinalização que inibe a lipólise, a FGF1 usa a PDE4.

Isso, essencialmente, é um caminho paralelo que pode substituir a função da insulina, principalmente em casos de resistência ao hormônio. 

Pré-diabetes
Pré-diabetes: o que é, sintomas e como prevenir a progressão

Em testes realizados em ratos de laboratório, os animais resistentes à insulina apresentaram resultados positivos com a introdução de FGF1 no organismo. 

Inicialmente, apenas uma injeção de FGF1 em ratos diabéticos tinha capacidade de restaurar a glicose à níveis normais por mais de dois dias. Outras pesquisas indicaram que injeções cerebrais conseguem colocar a diabetes em remissão por semanas ou até meses. 

Pesquisas futuras precisam ser feitas para confirmarem esses efeitos em seres humanos, porém, os cientistas da pesquisa estão otimistas com os resultados apresentados. 


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