A fórmula infantil é indicada quando há impossibilidade total de o bebê receber o leite materno. Seja por contraindicação médica ou pela baixa produção de leite pela lactante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde no Brasil recomendam fortemente o aleitamento materno exclusivo de zero a seis meses. No entanto, ele pode ser estendido até os dois anos de idade ou mais.
Após os seis meses de idade, o aleitamento materno deve ser oferecido paralelamente à introdução de alimentação complementar balanceada. No entanto, segundo a OMS, apenas 41% dos bebês em todo o mundo (recém-nascidos até os seis meses de idade) têm o leite materno como única alimentação. No Brasil, essa taxa cai para 26%. Para especialistas em saúde pública, os dados preocupam.
O marketing massivo de produtos comercializados como substitutos ao leite materno leva muitas mães a optarem pelas fórmulas infantis. Apesar do aleitamento ser possível. Ainda mais aliado à desinformação sobre a importância da amamentação exclusiva.
Vale lembrar que bebês exclusivamente amamentados têm 14 vezes menos chances de morrer prematuramente do que os que não são amamentados. A amamentação até os dois anos reduz a probabilidade de desenvolvimento de doenças futuras (como obesidade, hipertensão e diabetes). Sendo encarada como uma questão crucial para a saúde pública.
O leite materno ainda evita infecções e alergia, diarreia e colesterol alterado. O aleitamento exclusivo tem efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo. E também na qualidade de vida e na promoção do vínculo entre mãe e bebê na primeira infância.
Além disso, as fórmulas infantis, produzidas a partir de leite de vaca, podem sobrecarregar os rins pelo excesso de proteínas. Esse fator aumenta a excreção de cálcio pela urina, e apresentam potencial alergênico, oferecendo riscos à criança.
Segundo o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, de 2019, a fórmula infantil é o substituto alimentar mais seguro. Isso em casos em que o leite materno não pode, em nenhuma hipótese, ser oferecido ao bebê. Existem diversos tipos de fórmulas infantis, cada uma elaborada com fins nutricionais específicos e classificadas por faixa etária.
As fórmulas infantis devem ser usadas e escolhidas com a orientação de um profissional da saúde. Sempre observando as necessidades nutricionais e possíveis limitações da criança (como alergias a componentes da fórmula). O preparo da fórmula deve ganhar especial atenção, porque quantidades inadequadas de água ou de pó podem afetar o desenvolvimento do lactente.
Muitas pessoas confundem fórmulas infantis com compostos lácteos, o que pode ser perigoso. A fórmula é especificamente projetada para substituir, na medida do possível, o leite materno, oferecendo nutrientes variados e necessários ao desenvolvimento da criança. Por isso, é composta principalmente por leite de vaca desnatado e fortalecida com proteínas, minerais, vitaminas e gorduras. Desse modo podem se aproximar ao máximo do leite materno.
Além disso, algumas fórmulas podem conter óleos vegetais (palma, coco, canola, girassol e outros), açúcares, ácidos graxos, aminoácidos e probióticos. Existem também fórmulas infantis específicas para crianças que apresentam alergia ou intolerância às proteínas do leite de vaca. Esses produtos podem ser feitos à base de soja, de proteínas hidrolisadas (com ou sem lactose) e de aminoácidos que reduzem o potencial alergênico.
Já o composto lácteo não é considerado leite pela legislação brasileira e é classificado pelo Guia Alimentar como um alimento ultraprocessado. Isso em virtude da presença de açúcares em grande quantidade e aditivos em sua composição. Por isso, não deve ser oferecido como um substituto adequado do leite materno ou de fórmulas infantis. Na dúvida, busque orientação médica.
A resposta para essa pergunta é apenas uma: definitivamente, não! A Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, alerta contra o uso de receitas para fórmulas infantis caseiras. O uso dessas fórmulas pode acarretar problemas de saúde graves. Uma vez que as necessidades nutricionais dos bebês são muito específicas, sobretudo nos primeiros 12 meses de vida.
As fórmulas infantis caseiras podem conter pouco ou muito de certos componentes, como vitaminas e minerais importantes para a saúde, como o ferro. A fórmula infantil caseira também pode ter um risco aumentado de contaminação, aumentando o risco de doenças e infecções. Vale lembrar que oferecer leite em pó antes do primeiro ano de vida também não é recomendado.
Se você usa fórmula infantil em pó:
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