A fortificação de alimentos é uma técnica que consiste em aumentar o teor de micronutrientes em alimentos para aprimorar sua qualidade nutricional. Seja vitaminas ou minerais, esse enriquecimento pode ser uma ótima fonte de nutrientes, uma vez que regulamentado pela Anvisa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a fortificação de alimentos pode providenciar benefícios à saúde mundial com o mínimo de riscos. A técnica é uma solução econômica para lidar com algumas deficiências de nutrientes que existem.
É estimado que cerca de 2 milhões de pessoas não atinjam o número necessário de nutrientes diários que precisam para sobreviver e crescer, portanto, a fortificação de alimentos pode ser uma solução para esse problema. Contudo, a falta de regulamentação de alguns países impossibilita que ela ocorra.
Embora o método tenha comprovadamente ajudado alguns países, locais onde a fortificação não é exigida pelo governo por conta de burocracias ou outros motivos não conseguem aproveitar seus benefícios.
Entre os micronutrientes frequentemente encontrados em alimentos fortificados estão o ácido fólico, ferro, iodo, vitamina A e vitamina B12.
Em 2002 a Anvisa criou uma regulamentação aprovada pelo Ministério da Saúde que previa a fortificação de alimentos como farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. Em 2017, esse decreto foi atualizado para conter a quantidade necessária da vitamina como estipulado pela OMS.
De acordo com o que foi estabelecido, os fabricantes de farinhas são obrigados a enriquecer os produtos com 140 a 220 microgramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha.
O ácido fólico auxilia na produção de novas células, como as da pele, unhas e cabelo e é essencial na dieta de gestantes, também ajudando na prevenção de defeitos congênitos do cérebro (anencefalia) e da coluna vertebral (espinha bífida).
Cerca de 90% da população consome sal iodado, ou seja, o sal fortificado com iodo. Embora o sódio seja considerado um micronutriente essencial, seu consumo exacerbado pode resultar em problemas de saúde. Portanto, de acordo com a OMS, novas regulamentações devem ser feitas para que a fortificação com o sódio ajuste-se com estratégias para a redução da ingestão do nutriente.
O método de fortificação de alimentos ajuda na prevenção, redução e controle de deficiência de micronutrientes, tanto da população mundial como de grupos específicos — como mulheres grávidas e crianças.
No caso do ácido fólico, por exemplo, a fortificação é especialmente efetiva. Cerca de 40% das gestações são não-intencionais e a suplementação começa tardiamente.
Um novo estudo sugere que a fortificação de alimentos com fibras poderia ajudar a maioria da população e alcançar os níveis diários necessários do nutriente. Dados dos Estados Unidos sugerem que cerca de 95% de adultos e crianças não consomem o valor diário necessário de fibras.
De acordo com a pesquisa, a fortificação com a fibra ajudaria na prevenção do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Embora sejam importantes, os alimentos fortificados podem não ser extremamente saudáveis. Isso ocorre porque a maioria dessas comidas são industrializadas ou processadas, contendo outros ingredientes prejudiciais ou, que em excesso, não são indicados.
De acordo com o Environmental Work Group dos Estados Unidos, muitas crianças correm o risco de ter overdose de algumas vitaminas adicionadas. Para evitar que isso aconteça, prefira alimentos naturais como frutas, vegetais e legumes.
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