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Fotos foram feitas na Noruega, no fiorde de Svalberd

A fotógrafa Kerstin Langerberger retrata costumeiramente as belezas do Ártico em seu site, principalmente as que encontra no fiorde de Svalbard, na Noruega. No entanto, na visita feita à região em agosto de 2015, Kerstin observou o degelo do Ártico e suas consequências. A mais chocante delas foi uma foto postada em seu site e em seu perfil do Facebook que retrata uma ursa polar muito magra e com uma das patas machucada.

No texto que acompanha sua postagem, a fotógrafa afirma que observa o crescimento do derretimento das geleiras a cada ano, o que altera a dieta dos ursos polares, que costumam comer focas. “Sim, eu vi ursos polares em boa forma – mas eu também vi ursos polares mortos e morrendo de fome. Vi ursos andando nas margens, procurando comida, ursos tentando caçar renas, comendo ovos de pássaros, musgos e algas”.

Kerstin também observou que a maioria dos ursos polares muito magros eram fêmeas. “Eu percebi que os ursos bem nutridos são quase exclusivamente machos que permanecem no bloco de gelo ao longo de todo o ano. As fêmeas, por outro lado, que vão à costa para dar à luz às crias, geralmente são magras. Com o derretimento dos blocos de gelo aumentando a cada ano, elas tendem a ficar presas à terra onde não há muita comida”.

“Apenas uma vez eu vi uma mãe com crias quase independentes. Apenas poucas vezes eu vi uma linda mãe bem nutrida com lindos filhotinhos. Muitas vezes eu vi horríveis ursos muito magros, e eles eram exclusivamente fêmeas (como a da foto acima). Um mero esqueleto, machucada na pata dianteira, possivelmente devido a uma desesperada tentativa de caçar uma morsa enquanto estava presa na costa”, completa.

A fotógrafa também questiona os que defendem que a população de ursos polares de Svalbard está estável; e diz que, mesmo não tendo provas científicas, acredita que as mudanças climáticas chegaram ao Ártico e que é preciso agir.

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