Frequência cardíaca em repouso (FCR) refere-se à quantidade de batidas do coração por minuto quando você não está fazendo nenhum esforço físico. Isso significa que a sua frequência cardíaca pode variar de acordo com a idade, com a atividade que você está desempenhando no momento da medição e com a presença – ou não – de alguma doença cardíaca.
Segundo a Harvard Health Publishing, uma das maneiras mais fáceis e talvez mais eficazes de avaliar sua saúde pode ser feita em 30 segundos, usando só o dedo indicador e médio. Medir sua frequência cardíaca em repouso pode indicar, em tempo real, como seu músculo cardíaco está funcionando.
Uma frequência cardíaca em repouso normal apresenta variação entre 60 e 100 batimentos por minuto (ou seja, 60 bpm a 100 bpm). Enquanto a aceleração dos batimentos cardíacos, acima desse índice, aponta taquicardia, uma frequência baixa, inferior a 60 bpm, sugere uma condição de bradicardia.
A idade também interfere nos padrões das batidas do coração. Entre adultos sedentários, a frequência cardíaca deve ficar entre 70 a 80 bpm; já em adultos que praticam atividades físicas e idosos, a faixa que indica normalidade fica entre 50 e 60 bpm.
Coloque os dedos indicador e médio sobre o pulso, logo abaixo do polegar, ou ao longo de qualquer um dos lados do pescoço, para sentir o pulso. Use um relógio para contar o número de batidas por 30 segundos e duplique para obter as batidas por minuto.
Repita algumas vezes para garantir uma leitura precisa. Embora a frequência cardíaca seja considerada normal se estiver entre 60 e 100 batimentos por minuto, a maioria dos adultos saudáveis e relaxados tem uma frequência cardíaca em repouso abaixo de 90 batimentos por minuto.
Sua frequência cardíaca em repouso, quando considerada no contexto de outros marcadores, como pressão arterial e colesterol, pode ajudar a identificar problemas de saúde em potencial, bem como avaliar a saúde cardíaca atual.
Em certos casos, uma frequência cardíaca mais baixa em repouso pode significar um grau mais alto de condicionamento físico, que está associado a taxas reduzidas de eventos cardíacos, como derrames.
No entanto, uma alta frequência cardíaca em repouso pode ser um sinal de um risco aumentado de risco cardíaco em algumas situações, porque a aceleração dos batimentos cardíacos acaba prejudicando a função geral do coração.
Um estudo de 2013 publicado revista Heart monitorou a saúde cardiovascular de cerca de 3.000 homens por 16 anos e descobriu que uma alta frequência cardíaca em repouso estava associada a uma menor aptidão física e maior pressão arterial, peso corporal e níveis de gordura no sangue.
Os pesquisadores também descobriram que, quanto mais alta a frequência cardíaca em repouso de uma pessoa, maior o risco de morte prematura. Especificamente, uma FCR entre 81 e 90 dobrou a chance de morte, enquanto uma FCR maior que 90 a triplicou.
Embora uma frequência cardíaca baixa em repouso sugira frequentemente uma maior aptidão física, algumas situações podem tornar sua FCR muito baixa, o que pode causar tonturas ou fadiga ocasionais. Nesses casos, é fundamental buscar orientação médica.
Para monitorar sua saúde geral, verifique sua frequência cardíaca em repouso algumas vezes por semana e em diferentes momentos do dia. Lembre-se de que o número pode ser influenciado por muitos fatores, incluindo estresse e ansiedade, hormônios circulantes e medicamentos, como certos antidepressivos e remédios para pressão arterial.
O ideal é procurar orientação médica se sua frequência cardíaca em repouso estiver regularmente alta. Existem maneiras de diminuir esses números e mantê-los dentro de sua faixa adequada. Um exemplo é manter seus níveis de colesterol sob controle. Níveis elevados restringem o fluxo sanguíneo através das artérias e danificam os vasos sanguíneos, o que pode fazer seu coração bater mais rápido do que o normal para mover o sangue pelo corpo.
Outra maneira confiável de diminuir a frequência cardíaca em repouso é fazer exercícios. Mesmo pequenas quantidades de exercício podem fazer uma mudança. Um estudo descobriu que apenas uma hora por semana de treinamento aeróbio de alta intensidade (cerca de 66% do esforço máximo) reduziu a FCR de forma mais eficiente do que um esforço de baixa intensidade (33% do esforço máximo).
Um estudo recente publicado na revista científica npj Digital Medicine revelou que ir ou não para a cama na hora “certa” pode interferir na saúde do seu coração.
Os pesquisadores examinaram a correlação entre a regularidade da hora de dormir e a frequência cardíaca de repouso, e descobriram que pessoas que vão para a cama mesmo 30 minutos depois da hora “normal” de dormir apresentam uma frequência cardíaca de repouso muito mais alta, que dura até o dia seguinte. Um aumento na frequência cardíaca em repouso significa um risco maior para a saúde cardíaca.
Os cientistas enfatizaram a importância de hábitos de sono saudáveis, recomendando pelo menos sete horas por noite, e relacionaram a falta de sono a um aumento do risco de várias condições de saúde, incluindo diabetes, derrame e doenças cardíacas.
A hora normal de dormir foi definida como o intervalo de uma hora em torno da hora média de dormir de uma pessoa. Quanto mais tarde os participantes foram para a cama, maior o aumento da FCR. As taxas permaneceram elevadas no dia seguinte.
Mesmo que as pessoas durmam sete horas por noite, a equipe concluiu que, se elas não forem para a cama no mesmo horário todas as noites, não só sua frequência cardíaca em repouso aumenta durante o sono como também continua elevada no dia seguinte.
Surpreendentemente, ir para a cama mais cedo do que a hora padrão de dormir também mostrou sinais de aumento da FCR. A equipe diz que o relógio biológico, medicamentos e estilo de vida entram em jogo quando se trata de hábitos de sono saudáveis, mas é vital considerar a consistência também.
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