Um estudo da Universidade de Birmingham revelou que o uso de fritadeiras elétricas resulta em emissões significativamente menores de poluentes em comparação com métodos tradicionais de fritura, como a panela ou a imersão em óleo. A pesquisa alerta para os impactos da poluição do ar em ambientes internos, que pode agravar doenças respiratórias, cardiovasculares e neurodegenerativas, destacando a importância de escolhas conscientes no preparo dos alimentos.
A pesquisa foi conduzida em uma cozinha experimental especialmente projetada, onde foram testados diferentes métodos de cozimento de peito de frango: fritura em panela, fritura por imersão, fritura salteada, fervura e fritura a ar. Os pesquisadores mediram as emissões de partículas finas (PM) e compostos orgânicos voláteis (VOCs), poluentes conhecidos por afetar a qualidade do ar interno e a saúde humana.
Os resultados mostraram que a fritura em panela produziu os maiores picos de partículas finas, com concentrações de 92,9 microgramas por metro cúbico, enquanto a fritura a ar apresentou apenas 0,6 microgramas. Em relação aos VOCs, a fritura tradicional também liderou com 260 partes por bilhão (ppb), contrastando com os 20 ppb registrados pelas fritadeiras elétricas. Esses números colocam o método de fritura a ar como o menos poluente entre os avaliados, superando até mesmo o processo de fervura.
Além das emissões durante o preparo, a pesquisa revelou que as partículas poluentes permanecem no ar muito tempo após o término da atividade. Níveis elevados foram detectados por mais de uma hora, mesmo quando o cozimento durou cerca de 10 minutos. Por isso, melhorar a ventilação do ambiente, seja por meio de janelas abertas ou exaustores, é fundamental para dispersar os poluentes e reduzir os riscos de exposição prolongada.
Os autores do estudo também identificaram que a quantidade de óleo utilizada e a temperatura aplicada influenciam diretamente as emissões. A recomendação é combinar métodos de preparo de alimentos menos poluentes com boas práticas de ventilação, como manter os exaustores ligados por um período após o término da atividade. Essas ações simples ajudam a minimizar a poluição interna e, consequentemente, o impacto na saúde.
O estudo, publicado na revista científica Indoor Air, reforça a relevância de repensar os métodos de preparo de alimentos e aponta as fritadeiras elétricas como uma alternativa não apenas eficiente, mas também benéfica à saúde e ao meio ambiente.
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