A fruta-do-conde é uma fruta que cresce em caules grossos e lenhosos de árvores do gênero Annona, nativas da América do Sul e da Índia Ocidental. Sua superfície é verde e “escamosa”, com pequenos gomos que são consumidos in natura. A parte interna do fruto é doce, suculenta, perfumada e de cor verde-amarelada clara ou roxa. Em uma fruta média, você pode encontrar de 20 a 38 sementes por vez, ou até mais dependendo do tamanho.
Ela também é conhecida como ata ou fruta-pinha e de nome científico Annona squamosa.
Com um teor calórico de 88-114 calorias, esse fruto pode proporcionar diversos benefícios no tratamento de diversas doenças e condições. Confira outras características da fruta!
No Brasil, a fruta nasce principalmente nos estados do Pará, Piauí, Maranhão, Ceará e Goiás. A primeira muda da espécie de fruta-pinha foi introduzida em 1626, na Bahia. O responsável foi o governador Diogo Luís de Oliveira, o Conde de Miranda. Daí o nome “fruta do conde“.
Além disso, a fruta-pinha é, também, encontrada em outras regiões tropicais e subtropicais, como Bermudas, México, sul da Flórida e Bahamas. Também é muito popular em muitos países asiáticos, como Índia, China e Filipinas.
Em geral, a fruta-do-conde é considerada uma fruta saudável devido ao seu conteúdo de vitaminas, minerais e fibra. Ela é rica em minerais como ferro, manganês, magnésio, cálcio, potássio e fósforo. Adicionalmente, também possui quantidades significativas das vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6, B9 e C.
Confira alguns de seus possíveis benefícios à saúde.
Um estudo concluiu que a suplementação de extrato aquoso da fruta-do-conde pode ajudar no controle do nível glicêmico. Além disso, também auxilia na melhora dos níveis de insulina, no metabolismo da gordura e na prevenção de complicações diabéticas. Isso significa que o extrato aquoso da fruta pode ser útil no tratamento ou prevenção da diabetes mellitus precoce.
Um estudo publicado pela revista Science Direct analisou um composto isolado que a fruta-do-conde possui, chamado de óxido de cariofileno. Os pesquisadores chegaram à conclusão que esse tipo de composto apresenta efeitos analgésicos (que diminuem a dor) comparáveis ao efeito de medicamentos convencionais.
O mesmo estudo concluiu que o óxido de cariofileno presente na fruta-do-conde apresenta atividade anti-inflamatória semelhante à de medicamentos comuns.
Por seu alto teor em fibras, essa fruta pode ajudar na prisão de ventre, estimulando a digestão e reduzindo as chances de constipação.
Um estudo publicado pela Niscair Online Periodicals Repository analisou extratos etanólicos retirados das folhas da árvore da fruta-do-conde. A análise chegou à conclusão de que o extrato das folhas da fruta-do-conde apresenta atividade antioxidante moderada no cérebro. De acordo com o estudo, os resultados justificam as aplicações terapêuticas das folhas da fruta na medicina indígena.
Uma análise publicada pelo Journal of Natural Products extraiu 14 compostos da fruta-do-conde. Ele concluiu que esses compostos possuem atividades significativas contra a replicação do vírus HIV em células de linfócitos.
Entretanto, é importante ressaltar que essa análise fez testes com compostos específicos e diretamente em células. O que não significa, de fato, que ingerir o fruto pode curar ou diminuir o número de vírus do HIV em seres humanos. Se você possui HIV mantenha seu tratamento médico convencional.
Vale ressaltar que os estudos acima mencionados estudaram e analisaram as propriedades de partes da fruta-do-conde. Sejam elas extratos ou compostos químicos, em animais ou em células específicas. Isso não significa que ingerir a fruta proporcionará os mesmos efeitos analisados.
Aprenda como plantá-la usando a semente da fruta:
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