Gases. Imagem de Pablo Guerrero no Unsplash
Todos nós soltamos gases, certo? Eles são o ar que se acumula no sistema digestivo e que é liberado por meio do ânus. Soltá-los é algo normal – eles são produzidos constantemente em nossos corpos.
Estima-se que uma pessoa média gere aproximadamente 0,6 a 1,8 litro de gases todos os dias. Normalmente, a mulher adulta libera de 7 a 12 gases diariamente, e o homem adulto pode expelir gases entre 14 e 25 vezes ao dia.
Grande parte desses gases são produzidos por carboidratos, já que o intestino não tem enzimas necessárias para digeri-los; assim, eles acabam fermentados por bactérias, o que pode causar o aparecimento dos chamados sintomas, como azia e dor abdominal.
Geralmente, quem pensa que tem flatulência excessiva costuma estar na média ou apenas um pouco acima. Além disso, algumas pessoas podem soltar mais gases por questões genéticas ou por se alimentarem com muitas fibras, glúten e carboidratos (o que constitui, em geral, uma alimentação saudável). Se uma pessoa libera realmente muitos, ela pode sofrer com dor e diversos sintomas.
Diversos fatores podem causar a formação e o excesso. A produção pode estar relacionada com a ingestão de ar, sendo chamado de gás exógeno, ou com as bactérias que residem no trato gastrointestinal, chamado de gás endógeno.
O ar engolido permanecerá no estômago até que se mova gradualmente pelo sistema digestivo por meio do peristaltismo. Essa movimentação não causa dor nem desconforto e, com ela, eventualmente, o gás é liberado em pequenas quantidades.
No cólon, existem diversas bactérias que prosperam em alimentos mal digeridos, como amidos e açúcares. À medida que essas bactérias fermentam os alimentos, os gases hidrogênio e dióxido de carbono são liberados no processo.
Certos problemas estomacais e intestinais também podem aumentar a produção, como síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose e doença celíaca – nesses últimos casos, os gases surgem quando as substâncias em questão (lactose, por exemplo) são ingeridas.
Pessoas que passam pelo fenômeno de supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SBID ou, em inglês, SIBO) podem ter muitas bactérias que fermentam os carboidratos e também super-produzem gases. Nesse caso, é necessária uma consulta médica para diagnosticar e tratar o problema.
Outros fatores também podem influenciar na produção, tais como:
O primeiro passo para eliminar gases em excesso é entender quais as suas causas. Uma dica é: evite alimentos que contribuem para a formação e acúmulo de gases no aparelho digestivo. Confira uma lista com os principais tipos:
Em caso de dor e desconforto provocado pelos gases, recomenda-se procurar ajuda médica para um tratamento adequado, pois somente um especialista poderá orientar a medicação correta para resolver o problema. Esse acúmulo pode resultar em problemas mais sérios, como a distensão abdominal. Por isso, se os sintomas persistirem procure um profissional da saúde para a realização de um exame do trânsito intestinal. Também é importante seguir as dicas de alimentação descritas acima.
Os gases são características comuns do corpo humano, apesar de serem constrangedores em alguns momentos. Porém, se você perceber que tem tido muitos gases, mais de 25 eliminados em um curto período de tempo, é recomendado buscar ajuda médica pois pode estar sofrendo de inchaço, ou distensão abdominal.
A hortelã, em geral, possui propriedades que trazem benefícios ao sistema digestivo, aliviando condições como os gases, a indigestão e o inchaço. De fato, estudos em animais de laboratório comprovaram que a hortelã-pimenta relaxa o sistema digestivo e pode aliviar a dor.
Veja como fazer o chá de hortelã:
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