De acordo com um estudo publicado pela revista científica Journal of Glaciology, o derretimento das geleiras alcançou, desde o início dos anos 2000, um nível histórico e continuará mesmo se o aquecimento global for pausado.
Entre 2001 e 2010, uma equipe do Serviço de Monitoramento Mundial das Geleiras baseado na Universidade de Zurique coletou dados de campo de algumas centenas de geleiras em todo o mundo.
Essas medidas foram comparadas posteriormente com dados obtidos por um satélite, e por fontes pictóricas e textuais para tempos ainda mais antigos.
Segundo o diretor do Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras e coautor do estudo, Michael Zemp,”as geleiras estão derretendo em média de meio a um metro de espessura a cada ano, que é de duas a três vezes mais que a média registrada no século 20″.
“As medições de campo foram realizadas em algumas centenas de geleiras, mas, segundo imagens de satélite que dispomos, o fenômeno afeta dezenas de milhares de geleiras ao redor do mundo”, diz o pesquisador.
Um fenômeno sem precedentes de acordo com o estudo. O derretimento intenso nas duas últimas décadas deu origem a uma alteração na dinâmica das calotas. “No futuro, as geleiras continuarão a derreter mesmo se as temperaturas permanecerem estáveis”, adverte Michael Zemp.
Segundo o pesquisador, “os resultados preliminares registrados para os anos mais recentes (2011-2014, não incluídos no estudo) mostram que o derretimento das geleiras continua em um nível muito alto. O recorde de degelo do século XX (observado em 1998) foi ultrapassado em 2003, 2006, 2011, 2013 e provavelmente de novo em 2014”.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais