Gênero fluido é um termo que se refere a qualquer pessoa que tem uma identidade de gênero fluída, ou seja, que transite entre um ou mais gêneros. Indivíduos que se entendem como gênero fluido costumam alternar o gênero com que se identificam durante um período de tempo. Esse prazo pode ser de um dia para o outro, uma semana sim outra não, ou até mesmo depois de anos.
Para entender melhor sobre gênero fluído é preciso saber um pouco mais sobre gênero, você pode descobrir mais informações em “Entenda o que é gênero e suas definições”. A definição de gênero fluído tem mais relação sobre como essa pessoa se sente no interior e se apresenta ao exterior. Alguém que se identifica com o termo pode se entender como homem um dia, mulher no outro, e nenhum dos dois por um longo período.
A terminologia gênero fluído só começou a ser discutida em meados dos anos 90. Não significa que antes disso não existiam pessoas que passavam pela experiência de fluir entre um gênero e outro. Na verdade, apenas não se tinha liberdade o suficiente para discutir o assunto e muitas sociedades condenavam qualquer tipo de ideia que fugisse da binariedade do gênero.
A grande maioria das sociedades contam com suas próprias normas culturais-sociais de gênero. Elas são responsáveis por determinar como cada indivíduo irá se portar diante do mundo. Porém, a maioria dessas normas foram baseadas na religião, e levam em conta apenas a existência do gênero feminino e masculino.
Aos poucos, desde os anos 2000, assuntos como esse começaram a ser discutidos, devido ao avanço da luta LGBTQIA + pelos seus direitos. As pessoas passaram a questionar as regras normativas de gênero, indo totalmente contra as crenças conservadoras que ainda persistem na sociedade.
Existe uma dúvida se o gênero fluído seria a mesma coisa que a não-binariedade ou genderqueer. Na verdade não, mas as três coisas têm muito em comum e estão todas sobre o mesmo guarda-chuva dentro da sigla LGBTQIA +.
O gênero fluído é considerado parte da comunidade não-binária. Afinal, ele não se encaixa na ideia de binariedade existente na sociedade. No entanto, nem toda pessoa não-binária é gênero fluído. O indivíduo que faz parte desta comunidade pode enxergar sua identidade de gênero como algo totalmente diferente, e ainda sim ser uma pessoa não-binária.
O termo serve como um guarda-chuva, para qualquer pessoa que não se considere dentro dos padrões de binariedade e não se veja como apenas homem ou mulher. Além de pessoas gênero fluído, existem outras identidades que fazem parte da comunidade não-binária:
Gênero fluído é a mesma coisa que genderqueer? Bom, sim e não. O termo genderqueer é usado por alguns indivíduos para retratar qualquer um que não se encaixe apenas nas identidades masculinas e femininas de gênero. Ou seja, uma pessoa gênero fluído pode muito bem se entender e se denominar genderqueer, mas não significa que todos os genderqueer são gênero fluído.
Uma pessoa de gênero fluído pode se identificar como alguém transgênero. Pois para se identificar como trans o indivíduo precisa ser alguém que não se entende com o gênero que lhe foi designado no nascimento. Desta forma, essa é uma decisão pessoal, que deve levar em conta as experiências de quem é gênero fluído.
Existem pessoas que preferem não se identificar como pessoas transgênero ao assumirem alguma identidade não-binária, como o gênero fluído. Porém, também existem aqueles que utilizam do termo. Todas as duas situações são válidas e devem ser respeitadas.
Alguns estudiosos afirmam que as crianças começam a notar os estereótipos de gênero e suas normas por cerca do segundo e terceiro ano de vida. Apesar delas poderem apresentar expressões de gênero que são comumente ligadas ao sexo oposto, isso não afeta em nenhum sentido sua identidade de gênero no futuro. Na verdade é apenas um ato comum do processo de crescimento.
Com o passar do tempo, se a criança passar a se definir com outra identidade, como a de gênero fluído, então é preciso prestar todo o apoio possível nesta situação. Isso porque jovens que apresentam uma identidade diferente daquela que os foi designada ao nascer, apresentam uma maior risco de sofrerem preconceito e discriminação.
Essas experiências ruins podem acabar gerando estresse que impacta seriamente a saúde mental e física desses jovens, de acordo com pesquisas da área. Em um estudo realizado pelo Journal of Adolescent Health, foi provado que a comunidade transgênero é duas a três vezes mais propensa a desenvolver depressão, ansiedade, atitude automutilantes e pensamentos e ações suicidas.
Devido às normas da sociedade sobre gênero, aqueles que se denominam gênero fluído podem encontrar dificuldade em suas vidas. Afinal, muitas pessoas decidem por não entender ou apenas não aceitam a ideia, e acabam discriminando e praticando violência verbal e física contra esses indivíduos.
Muitas pessoas acabam expulsas de suas casas ou desempregadas devido às poucas oportunidades que recebem, exatamente por serem de gênero fluído. Desta forma, existem algumas maneiras que podem ajudar esses indivíduos a se sentirem mais aceitos e incluídos na sociedade.
Se o indivíduo gênero fluido tiver sido abandonado pelos familiares, busque uma maneira de fornecê-lo com uma nova família de coração e suporte material. Existem casas de apoio para LGBTQIA +, em situações de risco e carência, em todo o País.
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