Você sabia que a generosidade pode ser mais benéfica para quem ajuda do que para quem é ajudado? Entenda
Generosidade é uma qualidade que leva você a ser gentil, altruísta e solidário com os outros. Apesar de envolver atos que visam beneficiar o bem-estar alheio, ela também é capaz de aumentar o nosso próprio bem-estar.
Por incrível que pareça, alguns experimentos e estudos demonstraram que fazer doações sem esperar nada em troca induz mais a sensação de felicidade do que receber dinheiro. Mas, embora esse resultado pareça contraditório, existe uma explicação muito simples para ele: de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a generosidade está relacionada a maiores níveis de ocitocina, popularmente conhecido como “o hormônio do amor”.
A ocitocina é um neurotransmissor natural expelido principalmente durante o parto, o sexo, a amamentação e outras situações que envolvem carinho e afeto, como ao acariciar um animal de estimação e abraçar amigos ou familiares.
10 maneiras simples de se tornar uma pessoa mais generosa
1. Considere os benefícios da generosidade
Pessoas generosas relatam ser mais felizes, saudáveis e mais satisfeitas com a vida do que aquelas que não são. A generosidade produz dentro de nós a sensação de que somos capazes de fazer a diferença no mundo, de que estamos atendendo ativamente às necessidades das pessoas ao nosso redor e de que estamos transformando nossa comunidade em um lugar mais saudável.
Embora seja vista como o oposto de interesse próprio, contar os benefícios pessoais da generosidade é uma das etapas mais importantes para começar.
2. Abrace a gratidão
Faça uma lista das coisas em sua vida pelas quais você é grato. Sua lista não precisa ser longa. Não vai demorar muito e, na verdade, nem precisa ser uma lista física.
Às vezes, o passo mais importante que você pode dar para se tornar mais generoso é gastar mais tempo pensando sobre o que você já possui e menos tempo pensando sobre o que você não possui – o que pode ou não incluir bens materiais.
Agradeça pelas pessoas que você ama, pelo bom trabalho que executa, pela casa confortável onde vive. Ao pensar intencionalmente dessa forma, o desejo de compartilhar aquilo que você tem com os outros vem naturalmente.
3. Comece com pouco
Se você nunca doou, comece com valores baixos. Não há do que se envergonhar. Um valor considerado baixo para você pode significar, para outra pessoa, a diferença entre comer ou não comer hoje.
Com o tempo, você poderá perceber que aqueles cinco, dez, cinquenta ou cem reais não fazem, de fato, a menor diferença na sua vida, o que lhe dará um impulso para aumentar o seu grau de generosidade aos poucos.
4. Doe antes de gastar
Ao receber seu próximo pagamento, transforme sua primeira despesa em um ato de doação. Muitas vezes, esperamos para ver quanto nos resta antes de determinar o quanto podemos dar. O problema é que, na maioria das vezes, depois que começamos a gastar, não sobra nada. O hábito de gastar tudo isso está profundamente enraizado em nossas vidas. Para neutralizar esse ciclo, doe primeiro.
5. Desvie uma despesa específica
Por um determinado período de tempo (tente 29 dias), desvie uma despesa específica para uma instituição de caridade de sua escolha. Você pode optar por trazer um almoço
para o trabalho, ir de bicicleta para o trabalho uma vez por semana ou abrir mão da sua cafeteria preferida às segundas-feiras. Calcule o dinheiro que você vai economizar e, em seguida, redirecione-o para uma instituição de caridade ou causa específica.
6. Financie uma causa com base em suas paixões
Existem inúmeras instituições de caridade e causas que precisam do seu apoio. E alguns deles estão diretamente alinhados com suas paixões mais atraentes. Pelo que você é mais apaixonado? É o meio ambiente, pobreza ou religião? Talvez seja paz mundial, nutrição infantil ou direitos dos animais? E quanto à educação, direitos civis ou água potável?
Identifique quais paixões já fazem parte da sua vida, encontre uma organização comprometida em torno dessa causa e, em seguida, disponha-se a ajudá-la. Boas opções não faltam!
7. Passe algum tempo com pessoas que precisam
Um dos antídotos mais eficazes para a não generosidade é abrir espaço em sua vida para aqueles que realmente precisam de sua ajuda. Uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é oferecer uma refeição em um abrigo local para pessoas em situação de rua.
A maioria dos abrigos aceita voluntários e conta com sistemas próprios para a atividade. Além de praticar a generosidade, conviver com pessoas com vivências diferentes da sua pode abrir muito os seus horizontes e ampliar sua visão de mundo, tornando você não só mais generoso, mas mais consciente do mundo em que vive.
8. Seja minimalista
Viver uma vida minimalista não fará de você automaticamente uma pessoa mais generosa, mas fornecerá o espaço necessário para tornar isso possível. Além de reduzir o consumo de itens desnecessários, o que é uma atitude sustentável, você pode direcionar o seu dinheiro para melhorar a vida de alguém que precisa (seja um ser humano, uma organização ou um animal abandonado).
Adultos são mais generosos na presença de crianças, revela pesquisa
A maioria de nós acredita que o ser humano tende a ser mais gentil com crianças do que com adultos. Algumas pesquisas confirmam essa suposição, mostrando que somos mais atenciosos com as crianças e que esse efeito se estende até mesmo a adultos com feições semelhantes às de um bebê.
Diante desses resultados, pesquisadores da Universidade de Bath e da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, se propuseram a investigar se o efeito emocional inspirado pela presença de crianças pode também nos motivar a ser mais proativos socialmente – por exemplo, nos levando a doar mais para organizações de caridade e direitos humanos.
Em oito experimentos com mais de 2.000 participantes e um grande estudo de campo, eles descobriram que sim: os adultos são mais generosos e compassivos quando as crianças estão presentes.
Os pesquisadores sugerem que iniciativas como o “Parlamento Infantil”, que visa introduzir as crianças em espaços tradicionalmente adultos, poderia ter uma influência profunda na tomada de decisão dos adultos em toda a sociedade.
Eles acreditam que tais iniciativas não fornecem apenas um benefício óbvio e importante para as crianças, mas também suscitam uma orientação pró-social na sociedade em geral que pode beneficiar a todos.