Geobiologia: o que é e importância

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A geobiologia, baubiologia ou biologia da construção, estuda a influência e o impacto das construções sobre a saúde e o bem-estar humano. O termo tem origem na palavra alemã Baubiologie, em que ‘bau” se refere à construção ou cuidado.

Apesar de não ser muito difundida na América do Sul, a geobiologia é ciência. Ela surgiu na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial e foi levada para os demais países da Europa, América do Norte, Oceania e Ásia.

Na tentativa de acomodar uma população em crescimento, novas moradias foram construídas apressadamente. Porém, estudos feitos nessas moradias apontaram para um padrão de doenças atribuídas à pressa durante a construção, que não permitiu que os VOCs (compostos orgânicos voláteis) se dissipassem.

Um de seus primeiros e maiores estudiosos foi o alemão Dr. Ernst Hartmann, médico do exército alemão e mais tarde cativo de um abrigo americano.

No Brasil, um dos principais precursores da geobiologia é Allan Lopes, formado na área e promotor dos conceitos de habitação saudável.

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Os seres humanos e a geobiologia

Outro foco é voltado para o ser humano. Nesse segmento, a geobiologia estuda os efeitos que as mudanças na estrutura, falhas geológicas e função do sistema natural terrestre possuem sobre o ser humano. Além disso, é observado de que maneira a própria humanidade tem contribuído para essas mudanças.

Saúde é afetada

Os fatores mais comuns que afetam a saúde e o bem-estar humano considerados pela geobiologia são:

  • campos eletromagnéticos;
  • energias telúricas;
  • presença de água subterrânea (popularmente denominado “veios de água”) e de falhas tectônicas em regiões em que há construções utilizadas para moradia ou trabalho;
  • poluição do ar de ambientes internos.

Estudos apontam uma correlação entre a presença desses fatores e uma piora na saúde das pessoas que vivem acima do local onde eles ocorrem. A presença de minerais na água produz campos eletromagnéticos. Isso faz com que surjam as chamadas zonas de estresse ou de perturbação.

Os efeitos à saúde envolvem interferências no funcionamento cerebral e na produção de melatonina, um hormônio importante para o bom funcionamento do sistema imunológico. A melatonina também é responsável por controlar o nosso ritmo circadiano, período de um dia (24 horas) no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos.

Além disso, a radiação não ionizante é emitida por celulares, radares, rádios, TV digital e outros aparelhos eletrônicos. A energia dessa radiação provoca efeitos negativos à saúde humana, sendo absorvida pelos tecidos e aumentando o risco de câncer e de catarata nos olhos, principalmente se a exposição for por muitos anos.

Como é feita a geobiologia?

A geobiologia utiliza as técnicas e princípios da radiestesia, atuando por meio da utilização de equipamentos para identificação dessas zonas de estresse. Ela procura também diminuir o excesso de equipamentos que emitem radiação eletromagnética nos locais de descanso, como os quartos.

Nos outros cômodos da residência, ou até mesmo em escritórios, a geobiologia tenta manter a radiação eletromagnética nos valores mínimos aceitáveis pela legislação de cada país. No caso do Brasil, eles são delimitados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em outras palavras, é possível dizer que a geobiologia tenta harmonizar os ambientes internos. Assim, a área é conhecida, informalmente, como a “medicina do habitat”. Existem, inclusive, muitos consultores de geobiologia que também são conhecedores de práticas orientais, como o feng shui.

Há também a chamada geobiologia espiritual, pessoal ou para ambientes. Ela é uma técnica terapêutica que busca realizar uma limpeza profunda em indivíduos e até animais, neutralizando ou transmutando as energias nocivas de ambientes por meio de ferramentas da chamada “geometria sagrada”.

Outras aplicações da geobiologia

Foto de Don Kaveen na Unsplash

No que diz respeito à poluição de ambientes internos, a geobiologia atua nos momentos anteriores e posteriores ao planejamento da arquitetura e construção da edificação. Ela procura utilizar iluminação e ventilação naturais e materiais de construção menos poluentes. Também são utilizados produtos de limpeza naturais e materiais de acabamento sem produtos prejudiciais à saúde, como os antichamas.

Essas aplicações da geobiologia envolvem os conceitos de construção sustentável, mas vão além da preocupação com a própria construção. Elas também incluem os cuidados com o ser humano, prezando sempre pela saúde da espécie, qualidade de vida e saúde do ambiente ao entorno das pessoas.

A geobiologia, assim, entende as residências e locais de trabalho como parte de um sistema natural. Por isso, ela valoriza o mínimo de alterações ambientais e na saúde. O conceito de Building-Biology and Ecology traduz bem as aplicações da geobiologia no campo da habitação saudável.

Selo Casa Saudável

Coordenado pelo Healthy Building World Institute (Instituto Mundial de Construção Saudável), o selo Casa Saudável foi criado com o intuito de assegurar espaços saudáveis que proporcionem bem-estar para a sociedade. É o primeiro certificado mundial para construções, profissionais e produtos da construção que leva em consideração elementos de saúde e bem-estar. Para saber mais sobre o selo, confira a matéria “Healthy Building Certificate: conheça o Selo Casa Saudável“.

O selo é uma boa maneira de se certificar que você não está exposto a um edifício doente. Sim, edifícios também podem ficar doentes e isso pode ser muito mais perigoso do que parece.

A Síndrome do Edifício Doente foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde em 1982. Ela se refere à relação de causa e efeito das condições de um ambiente interno e a agressão à saúde dos ocupantes. Entenda mais sobre edifícios doentes na matéria: “O que é a síndrome do edifício doente?

Confira um vídeo falando um pouco mais sobre geobiologia e como ela pode ajudar.

Equipe eCycle

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