Por Luciano Milhomem em Nações Unidas Brasil — Uma melhor gestão dos resíduos sólidos impulsionaria o desenvolvimento sustentável da América Latina, contribuindo para a ação climática. Para isso, é necessário não apenas aperfeiçoar os processos de coleta e reciclagem, mas também repensar a produção e o consumo e impulsionar a economia circular.
A afirmação é da representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Katyna Argueta, durante a abertura da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL), que discute até sexta-feira (18), no Recife (PE), a conexão entre gestão dos resíduos sólidos e a ação climática.
“Hoje, 30 anos depois da primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, estamos reunidos aqui no Recife para discutir uma temática altamente relevante para nosso futuro comum: a gestão dos resíduos sólidos”, disse Argueta. “Um terço de todos os resíduos urbanos produzidos na América Latina e no Caribe ainda acaba em aterros a céu aberto ou no meio ambiente. Uma prática que afeta a saúde de seus habitantes. A disposição final de resíduos de forma não controlada gera riscos.”
Uma melhor gestão dos resíduos sólidos impulsionaria o desenvolvimento sustentável da América Latina, contribuindo para a ação climática. Para isso, é necessário não apenas aperfeiçoar os processos de coleta e reciclagem, mas também repensar a produção e o consumo e impulsionar a economia circular.
A afirmação é da representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Katyna Argueta, durante a abertura da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL), que discute até sexta-feira (18), no Recife (PE), a conexão entre gestão dos resíduos sólidos e a ação climática.
“Hoje, 30 anos depois da primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, estamos reunidos aqui no Recife para discutir uma temática altamente relevante para nosso futuro comum: a gestão dos resíduos sólidos”, disse Argueta.
“Um terço de todos os resíduos urbanos produzidos na América Latina e no Caribe ainda acaba em aterros a céu aberto ou no meio ambiente. Uma prática que afeta a saúde de seus habitantes. A disposição final de resíduos de forma não controlada gera riscos.”
Os resíduos sólidos são fontes de emissão de gases de efeito estufa, não apenas por sua relação com a produção e o consumo, mas também em função das emissões de metano, quando dispostos em lixões ou mesmo em aterros sanitários.
A América Latina gera, em média, 1 kg de resíduos sólidos por habitante ao dia, abaixo dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas acima dos países africanos. Brasil e México são os que mais produzem resíduos na região.
Para a representante do PNUD, a gestão dos resíduos sólidos é um dos principais desafios para o desenvolvimento sustentável latino-americano. “Precisamos de iniciativas estratégicas e políticas que fomentem a economia circular de forma a enfrentar os dois lados da moeda”, declarou.
“Os debates que acontecerão nesta conferência são a oportunidade para inovar e elaborar propostas que mostrem ao mundo que a conciliação das preocupações sociais, econômicas e ambientais é perfeitamente possível”, disse.
Em acordo com seu mandato, o PNUD apoia governos na formulação de políticas e regulamentos sobre resíduos sólidos, no fortalecimento de mecanismos de transparência e responsabilidade, na busca por inovação tecnológica, na conscientização dos atores nacionais e internacionais sobre o tema.
Também presente na abertura da conferência, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, lançou o Plano de Descarbonização de Pernambuco, que visa atingir a neutralidade de carbono no estado até 2050.
“A gestão dos resíduos sólidos não é preocupação recente da humanidade, muito menos apenas dos administradores públicos que se preocupam com a coletividade. Mesmo assim, o fenômeno é hoje um dos maiores desafios da nossa geração. Não só por sua grandeza, mas por sua ligação com a questão do clima”, declarou.
“A ação climática está relacionada à quantidade de resíduos gerados e jogados no meio ambiente. Esta conferência permite que apontemos para um futuro de desenvolvimento sustentável”, disse por sua vez o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti.
No mesmo sentido, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, lembrou que o consumo desenfreado inviabilizará a vida no planeta nas próximas décadas. “O desafio desta conferência é aprendermos que, sem as cooperações e parcerias, não avançaremos”, enfatizou.
Para a presidente do Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (ICIMA), Ana Paula Rodrigues, a conferência pretende “mover o mundo na direção correta: em defesa do planeta, do país, do meio ambiente e da sustentabilidade”.
O evento de abertura da CIRSOL contou ainda com a presença de reitores de universidades; líderes do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis; o cônsul geral da Alemanha em Recife, Rainer Münzel; o chefe da missão da Suécia no Brasil e representante da União Europeia, Andres Wollter; entre outros participantes.
A partir de uma coalizão de realizadores, a 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL) estimulará o debate sobre resíduos sólidos de forma multissetorial, com o intuito de gerar ações que resultem em impacto positivo rumo ao desenvolvimento sustentável.
A temática central da CIRSOL é “O que a Gestão de Resíduos Sólidos pode fazer pelo clima?”, com o objetivo geral de garantir o cumprimento da Agenda 2030 e da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira para o Acordo de Paris sobre o Clima.
Realizado por um colegiado de instituições parceiras, incluindo PNUD, governo de Pernambuco, Prefeitura de Recife, Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (ICIMA) e outras 15 organizações, o evento impulsionará a adoção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que completa 12 anos em 2022.
A conferência também estabelecerá mecanismos de inovação na gestão de resíduos sólidos em nível multissetorial; promoverá a sensibilização socioambiental de governos, empresas e sociedade civil; e fortalecerá a construção das metas do setor de resíduos para o Plano de Descarbonização do Estado de Pernambuco.
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