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Girafa é o mamífero mais alto do mundo, dorme menos de duas horas por dia e possui genes específicos que chamam atenção dos cientistas

A girafa (Giraffa camelopardalis) é considerada o mamífero mais alto do mundo e é bastante conhecida por seu longo pescoço. Essas características dão ao animal vantagens e desvantagens, o que fez com que, ao longo do tempo, a espécie desenvolvesse diversas características evolutivas que a fizeram única.

A girafa é um animal da família Giraffidae. Ela é nativa de regiões da África, mas tem sofrido cada vez mais com a perda de habitat decorrente de mudanças climáticas e ações antrópicas. Protegê-la é fundamental, pois essa medida assegura o equilíbrio dos ecossistemas e a vida de outras espécies, já que ela é uma espécie guarda-chuva.

Características da girafa

A girafa é um mamífero caracterizado por seu pescoço e pernas longos, que podem totalizar até 5,7 metros de altura e 1.930 quilos. Apesar da massa corporal elevada, a espécie consegue atingir a velocidade de 56 km/h. Ela possui chifres, que são protuberâncias cobertas de pele e cabelo acima dos olhos que protegem a cabeça de ferimentos, e um pescoço comprido de aproximadamente dois metros, que possui a mesma quantidade de vértebras que os seres humanos, sendo sete no total, mas com ossos bem mais longos.

Algumas curiosidades sobre a girafa

  • O período de gestação desse animal dura até 15 meses. Ou seja, ela passa mais de um ano grávida;
  • Ela vive em torno de 25 anos;
  • Existem nove subespécies de girafas.

Qual é o tipo de alimentação da girafa?

As girafas se alimentam de 16 a 20 horas por dia, ou seja, elas comem a maior parte do tempo. Além disso, são como as vacas, regurgitam os alimentos e os mastigam novamente. Apesar do extenso período se alimentando, a girafa come apenas cerca de 30 kg de folhagem durante esse período. No entanto, 7 kg por dia já é quantidade suficiente para que ela sobreviva.

Ela é um ser vivo adaptado para atingir, com seus pescoços longos, a vegetação inacessível a outros herbívoros. Entre as plantas que a girafa come, há mais de 90 espécies diferentes. Porém, a sua preferida é a acácia, uma planta com flor da família Fabaceae.

A água não é uma necessidade diária, a girafa só bebe quando há água disponível e obtém a maior quantidade por meio das plantas suculentas. Por essa razão, o animal também consegue sobreviver em locais com escassez.

Qual é o habitat da girafa?

Girafa
Foto de MARIOLA GROBELSKA na Unsplash

A girafa é uma espécie nativa de cerca de 15 países da África. Ela pode ser encontrada no sul do Saara até o leste de Transvaal, Natal, e no norte do Botswana. Seu habitat são savanas, pastagens, terra árida e seca e florestas.

Quanto tempo a girafa dorme por dia?

Normalmente, a girafa dorme com os pés enfiados sob o corpo e a cabeça apoiada nos traseiros ou dorme em pé por curtos períodos de tempo. No total, esse mamífero dorme menos de duas horas por dia.

A girafa enfrenta um desafio para dormir, pois se levantar é um procedimento demorado e desajeitado. Levantar-se imediatamente para fugir dos predadores pode ser impossível. Por isso, a girafa passou a dormir bem menos que outras espécies de mamíferos. Isso faz parte da sua estratégia de sobrevivência.

Altura da girafa

Uma girafa pode atingir 5,7 metros de altura medindo do chão ao chifre. Sua língua é igualmente comprida, chegando a aproximadamente 53 centímetros (21 polegadas). É essa língua extensa que ajuda o animal a arrancar pedaços de galhos.

A altura da girafa permite que ela consiga escanear o horizonte utilizando-se também de sua excelente visão. Ela pode manter uma vigilância atenta de predadores em toda a vasta extensão de uma savana.

No entanto, em certos momentos, a altura pode ser desvantajosa — como na hora de se levantar. No momento de beber água em um poço, a girafa precisa abrir as pernas e se curvar em uma posição desajeitada. Isso faz com que o animal fique bastante vulnerável a predadores, como os grandes felinos da África.

Quando uma girafa fêmea vai dar à luz, ela fica em pé e seus filhos caem de mais de 1,5 metro. Em meia hora, os bebês da espécie podem ficar em pé e correr com suas mães por dez horas após o nascimento.

Alterações evolutivas da girafa

Existem muitas teses sobre o pescoço da girafa. Charles Darwin, por exemplo, explicou que essa espécie obteve seu longo pescoço em estágios pequenos e sucessivos e isso a deu acesso exclusivo às folhas superiores das árvores.

Posteriormente, outras teorias e pesquisas trouxeram várias explicações possíveis. Pode-se dizer, em suma, que o pescoço da girafa tem vários usos, como acessar plantas altas e utilizá-lo para competições entre machos. Contudo, é difícil apontar qual dos motivos exatamente influenciou na sua evolução.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Copenhagen e da Northwestern Polytechnical University na China produziu um genoma de alta qualidade da girafa. Assim, ela investigou quais genes são provavelmente responsáveis ​​por suas características biológicas únicas.

Os cientistas descobriram um gene específico, o FGFRL1, que sofreu muitas alterações na girafa em comparação com todos os outros animais. De acordo com o estudo, há genes-chave que regulam o ritmo circadiano e o sono, o que, possivelmente, permite que o mamífero tenha um ciclo de sono mais interrompido do que os outros. Por estar a cerca de cinco metros do solo, a girafa também perdeu muitos genes relacionados ao olfato.

As descobertas fornecem insights sobre os modos básicos de evolução das espécies de girafas. Além disso, o FGFRL1 é um possível alvo de pesquisas em doenças cardiovasculares humanas. Segundo Qiang Qiu, principal autor do estudo, “esses resultados mostram que os animais são modelos interessantes, não apenas para entender os princípios básicos da evolução, mas também para nos ajudar a entender quais genes influenciam alguns dos fenótipos nos quais estamos realmente interessados ​​— como aqueles relacionados a doenças.”

A girafa está em risco de extinção?

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) elabora a Red List catalogando as espécies de acordo com sua vulnerabilidade e risco de extinção. Ela, portanto, classifica a girafa como um animal vulnerável. Isso devido ao declínio populacional observado de cerca de 26% a 40% de 1985 a 2015. Algumas populações estão estáveis ​​ou aumentando, enquanto outras estão diminuindo.

Para a IUCN, duas subespécies de girafas-do-norte estão em perigo e outras duas estão sob ameaça crítica. De modo geral, cada população está sujeita às ameaças específicas de seu país ou região local.

A IUCN também lista quatro ameaças à girafa: perda de habitat, agitação civil, caça ilegal e mudanças ecológicas, que inclui mudança climática e conversão de habitat. Com o crescimento da população humana, as atividades agrícolas aumentam, há novas estradas e exploração dos ambientes. Isso tem feito com que as girafas percam as acácias, sua principal fonte de alimento. Também acontece tráfico de animais selvagens e caça furtiva, para obter carne e couro.

Proteger as girafas é necessário, pois são espécies fundamentais para manter os ecossistemas em equilíbrio. Elas conseguem alcançar plantas que outras espécies não conseguem e abrem caminho para elas mesmas e para outras espécies. Ao comerem plantas e frutas, a espécie espalha sementes permitindo a germinação de outras plantas. Elas também hospedam carrapatos que servem de alimento para pássaros.

Assim, proteger as girafas é também proteger outras espécies de seres vivos. Para isso, as ações envolvem reflorestar as áreas com acácias e e educar as comunidades sobre a importância de um estilo de vida sustentável. Assim, a girafa expande seu habitat e garante sua sobrevivência.


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