“Giro do Pacífico Norte” é a denominação dada a um dos maiores giros oceânicos, localizado no Oceano Pacífico. Ele compreende a maior parte do oceano, sendo o maior ecossistema do nosso planeta. O Giro do Pacífico Norte está localizado entre o Paralelo 50 N e o Equador e abrange uma área de cerca de 20 milhões de metros quadrados.
O Giro do Pacífico Norte tem um padrão circular e engloba quatro correntes oceânicas: a Corrente do Pacífico Norte ao norte, a Corrente da Califórnia a leste, a Corrente Equatorial Norte ao sul e a Corrente Kuroshio a oeste. Pode-se dizer que ele é local de uma grande concentração de detritos marinhos, como microplásticos, sendo conhecido como Grande Porção de Lixo do Pacífico – a maior ilha de plástico existente na Terra.
O oceano “movimenta” diversos tipos de correntes. Juntas, essas correntes maiores e mais permanentes compõem os sistemas de correntes conhecidas como giros oceânicos. Um Giro Oceânico é um grande sistema de correntes oceânicas rotativas.
Existem cinco giros oceânicos: os Giros Subtropicais do Norte e do Pacífico Sul, os Giros Subtropicais do Norte e do Atlântico e o Giro Subtropical do Oceano Índico. Sabe-se que as correntes oceânicas não servem somente para transportar a biodiversidade marinha ou auxiliar o transporte marítimo. O lixo marinho navega pelo “oceano global” e acumula-se nos Giros Oceânicos, sendo muito difícil a sua gestão e remoção.
Ilha de plástico é o nome dado às ilhas formadas pelo acúmulo de plásticos nos giros oceânicos. Elas são compostas majoritariamente por microplásticos de menos de cinco milímetros que flutuam no interior das correntes rotativas e ficam presos nestes imensos redemoinhos, agrupados pelas correntes internas. O resultado disso é que as cinco maiores ilhas de plástico do mundo coincidem com os principais giros oceânicos.
A cada ano, oito milhões de toneladas de plástico vão parar nas águas dos oceanos, levando 100 mil animais marinhos à morte, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a instituição afirma que, caso o ritmo de consumo continue o mesmo, em 2050 pode haver mais plástico do que peixes nos oceanos.
Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma), 90% de todos os detritos dos oceanos são compostos por plástico. Além disso, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície desses ambientes. Para acrescentar, estudos comprovam que para cada quilo de algas marinhas e plâncton encontrado nos oceanos, há pelo menos seis quilos de plástico.
A Grande Mancha de Lixo do Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí, é a mais conhecida porque passa por ela muito tráfego de navios.
Existe uma campanha para que a Grande Porção de Lixo do Pacífico, que já conta com aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados de detritos e 79 mil toneladas de plástico, se torne oficialmente um país. O nome da nova nação, que entrou com pedido de reconhecimento na ONU, é The Thash Isles. A ideia é alertar indivíduos e governos para a importância de repensar nossa produção de lixo, em especial o plástico.
A campanha foi criada pela agência de publicidade AMVBBDO, em parceria com a Plastic Oceans Foundation e com a LAD Bible e recebeu o grande prêmio Cannes Lions de Design. Os responsáveis são os publicitários Michael Hughes e Dalatando Almeida e os símbolos nacionais da “Ilha de Lixo” foram desenhados pelo designer Mario Kerkstra.
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