A glutationa é um antioxidante naturalmente produzido nas células e composto por três aminoácidos: glicina, cisteína e ácido glutâmico. Diferente de muitos outros antioxidantes, a glutationa é feita no próprio organismo, mais especificamente no fígado e usada por todas as células e tecidos do corpo.
A substância possui diversas funções no organismo, incluindo:
Embora seja produzida pelo corpo, a glutationa também pode ser administrada por via intravenosa, tópica ou como um inalante. Adicionalmente, o composto também está disponível na forma de suplementos.
O uso intravenoso da glutationa é recomendado em apenas algumas situações, como no tratamento contra efeitos adversos causados por certos medicamentos. No caso da cisplatina, por exemplo, o composto pode ajudar a prevenir os danos dos nervos resultantes do consumo desse medicamento — que, por sua vez, é usado no tratamento de câncer.
Em geral, a glutationa possui diversos benefícios à saúde. Conheça-os:
Como um antioxidante, a glutationa ajuda a reduzir e prevenir contra o estresse oxidativo — condição resultante do desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de combatê-los. Em geral, o estresse oxidativo pode desencadear diversas outras condições de saúde, como diabetes, câncer e artrite reumatoide.
Um relatório do Journal of Cancer Science and Therapy indicou que a deficiência de glutationa pode levar ao aumento dos níveis de estresse oxidativo. Além disso, o mesmo relatório comprovou que um nível elevado do composto no organismo pode aumentar a resistência ao estresse oxidativo em células cancerosas.
Essa capacidade do composto pode ajudar no tratamento do dano oxidativo associado ao autismo. Pesquisas indicam que pessoas com autismo possuem níveis mais altos de dano oxidativo e níveis baixos de glutationa em seu cérebro. Portanto, o uso oral da glutationa pode ser benéfico na prevenção desses danos causados por radicais livres.
As propriedades antioxidantes da glutationa também podem ser benéficas para o fígado. De acordo com uma pesquisa de 2017, o composto pode ajudar a tratar a esteatose hepática não alcoólica por conta desses antioxidantes e a capacidade de desintoxicar o organismo.
Um estudo da Escola de Medicina Baylor concluiu que baixos níveis de glutationa estão associados com menos queima de gordura e maiores taxas de armazenamento de gordura no corpo. Desse modo, foi observado que o consumo da substância através de cisteína e glicina melhora resistência à insulina e queima de gordura.
É importante notar que os baixos níveis de glutationa podem estar associados a condições diferentes, como o processo de envelhecimento natural do corpo, má nutrição, toxinas, insônia e estresse.
Uma pesquisa indica que manter níveis elevados de glutationa pode aliviar alguns sintomas da doença de Parkinson. No entanto, há pouca evidência sobre a sua suplementação oral.
A N-acetilcisteína, um subproduto da glutationa, é um medicamento utilizado no tratamento de asma e fibrose cística. Quando inalada, a substância ajuda a diluir o muco e a reduzir a inflamação.
Entretanto, em sua forma pura, a glutationa pode agravar alguns sintomas da asma. Desse modo, o seu uso só deve ser feito através da prescrição médica.
Apesar de ser produzida naturalmente no organismo, existem outras formas de aumentar a produção da glutationa sem o uso de suplementos. Como o composto possui enxofre, especialistas acreditam que o consumo de alimentos que contém essa substância pode impulsionar a sua produção.
Alguns desses alimentos são:
Em geral, o uso de glutationa é seguro. Entretanto, a suplementação do composto só deve ser feita após orientação médica.
Os possíveis efeitos colaterais da glutationa envolvem:
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais