O governo decidiu desligar 21 usinas térmicas a partir de sábado (8 de agosto), que somam 2 mil megawatts médios de energia. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida permitirá a economia de R$ 5,5 bilhões até o final do ano, pois as térmicas que serão desligadas são as mais caras do sistema.
A decisão, proposta pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi anunciada após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O ministério atribuiu a medida aos recordes de geração de energia eólica da Região Nordeste e à perspectiva de os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingirem o patamar de 30% até novembro.
O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, também destacou a redução do consumo de energia para justificar o desligamento das térmicas. “Há uma previsão de redução da carga em 2015 em cerca de 1,8%. O conjunto desses fatores nos permitiu tomar a decisão com segurança”, disse Chipp.
Apesar da economia esperada, Braga disse que ainda não é possível estimar qual o impacto que a medida terá na conta de luz. “A Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], nos próximos dias, irá fazer os estudos para apontar a partir de então qual será a conduta com relação às bandeiras [tarifárias]”, acrescentou. Mesmo com o desligamento, restam cerca de 10 mil megawatts médios em térmicas ligadas. “Já tivemos 15 mil megawatts no momento crítico”, ressaltou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Desde janeiro, vigora a bandeira vermelha, com adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) de energia usados pelos consumidores. Com as cores verde, amarela e vermelha, as bandeiras servem para indicar as condições de geração de energia no país.
Para além da questão dos preços, as termelétricas são grandes poluidoras (veja mais aqui).
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