“Grounding” é uma técnica de se conectar com a terra e a sua energia através do toque — seja com a superfície terrestre e o solo, ou produtos que derivam da terra. Acredita-se que esse contato com a natureza conecta o corpo à carga elétrica natural da terra, transferindo elétrons para o corpo, podendo oferecer benefícios à saúde mental e física — embora não seja o mesmo método usado no tratamento de saúde mental que mantém o mesmo nome.
Na saúde mental, o termo “grounding”, ou ancoragem, é usado para definir um conjunto de exercícios que podem ajudar o paciente a se distrair de sentimentos de ansiedade.
Por outro lado, a transferência de elétrons, também conhecida como “vitamina G” ou “nutrição de elétrons”, é conhecida por potencialmente oferecer benefícios no tratamento da inflamação, dor crônica, doenças cardiovasculares e na melhora do humor. Ela se baseia na crença de que as cargas elétricas da Terra podem ter efeitos positivos no corpo.
Definido como um conjunto de técnicas auto calmantes, o conceito de grounding na saúde mental é uma prática usada para acalmar a mente e focar no presente. Portanto, ela é comumente utilizada na melhora de sintomas do estresse, ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e outros transtornos de humor e mentais.
Embora haja poucas pesquisas explicando como funcionam as técnicas de grounding para a saúde mental, elas representam uma estratégia comum para gerenciar a ansiedade e o transtorno do estresse pós-traumático.
Durante um ataque de ansiedade, por exemplo, as emoções podem assumir o controle dos pensamentos e respostas físicas. Desse modo, concentrar-se no presente por meio dessas técnicas de ancoragem pode ajudar a interromper a resposta do corpo e devolver o cérebro e os sentimentos a um lugar seguro.
As técnicas usam ferramentas como visualização e sentidos, incluindo visão, audição e olfato, para incentivar o paciente a se distrair de uma variedade de sentimentos e pensamentos negativos. Assim como as técnicas de atenção plena, elas ajudam o indivíduo a retornar ao momento presente.
Essas técnicas usam os cinco sentidos humanos ou objetos tangíveis para ajudar o paciente. Algumas técnicas de grounding incluem:
Embora as alegações sobre seus benefícios, o tipo de grounding baseado na troca de elétrons com a terra é pouco pesquisado, contendo poucos estudos científicos que comprovem sua eficácia. Porém, alguns especialistas acham que a prática corrige uma “síndrome de deficiência eletrônica” que desempenha um papel em vários distúrbios de saúde.
Uma das principais teorias usadas para justificar a prática é de que o grounding afeta a matriz viva, que é o conector central entre as células vivas.
Segundo essa teoria, a matriz viva age como um tipo de sistema imunológico da terra. E, por isso, a prática promove as defesas naturais do corpo.
Em geral, a terra é eletronicamente ativa, contendo inúmeros elétrons que permanecem flutuando em sua superfície. Ou seja, acredita-se que, através do contato direto com seus elementos, o ser humano é capaz de absorver essa eletricidade, suprindo um possível desequilíbrio de elétrons.
Em um pequeno estudo sobre grounding e saúde cardíaca, notou-se que dez participantes sadios apresentaram menos aglomeração de glóbulos vermelhos durante a prática — sugerindo possíveis benefícios à saúde do coração.
Outro estudo um pouco maior examinou o papel da técnica no dano muscular pós exercício. Os pesquisadores usaram adesivos e esteiras de grounding e mediram a creatina quinase, a contagem de glóbulos brancos e os níveis de dor dos participantes antes e depois da ação desses dispositivos.
Os exames de sangue indicaram que o grounding reduziu o dano muscular e a dor nos participantes, sugerindo que a prática pode influenciar as próprias habilidades de cura do indivíduo.
Além disso, acredita-se que essa troca de elétrons também pode ser benéfica à saúde mental. Em um estudo em que participantes alternaram períodos com e sem grounding, notou-se que, quando a prática era realizada, os indivíduos apresentaram uma redução na dor, estresse, depressão e fadiga.
No entanto, é importante ressaltar que a maioria dos estudos são pequenos e dependem de medidas subjetivas, como sentimentos ou humor.
A maioria das técnicas desse tipo de grounding baseiam-se no contato com a terra, seja esse um contato direto ou indireto. Alguns exemplos incluem:
Devido ao fato de que esse tipo de grounding é baseado, principalmente, no contato com a terra e com a natureza, as suas técnicas são voltadas à imersão do indivíduo no meio ambiente. No entanto, a rotina atual do ser humano o impede de manter um contato direto com esses elementos, o que impulsionou a criação de dispositivos auxiliares que possibilitam a troca de elétrons.
Alguns exemplos desses dispositivos incluem:
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