Gua sha é uma técnica de massagem facial típica da medicina chinesa. Ela consiste em esfregar ou raspar a pele com algum objeto de formato anatômico. A técnica é feita em movimentos ascendentes e longos, aplicando pressão suficiente para criar pequenos hematomas.
A técnica é capaz de melhorar a elasticidade da pele, estimulando a circulação sanguínea. Além de tratar a dor e diminuir o inchaço, a massagem ainda promove:
A massagem gua sha tem como objetivo mover a energia, conhecida como qi ou chi, ao redor da face e do pescoço. A raspagem é comumente feita com uma pedra (jade ou quartzo rosa, mas também existem opções de madeira próprias para este fim). A medicina tradicional chinesa acredita que o sha, a vermelhidão provocada pela massagem, incentiva a cura de vários problemas cutâneos e promove o bem-estar geral.
Além disso, acredita-se que o qi bloqueado é a causa de dor ou tensão nos músculos e nas articulações. Por isso, a massagem gua sha pode mover essa energia bloqueada para aliviar dores ou rigidez. Ela também funciona como uma drenagem linfática facial, porque reduz o inchaço.
Gua sha causa o rompimento de pequenos vasos sanguíneos próximos à superfície da pele, chamados capilares. Isso cria manchas vermelhas ou roxas distintas, conhecidas como sha. Os hematomas geralmente levam alguns dias ou uma semana para cicatrizar e podem ficar sensíveis durante a cicatrização. Aplicar uma bolsa de gelo pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar as dores.
Não é comum que a pele se rompa durante o tratamento, mas existe o risco de isso acontecer. A pele rachada aumenta a possibilidade de infecção. Por isso, o praticante de gua sha deve sempre esterilizar suas ferramentas entre os tratamentos.
Gua sha não é adequado para todos. Você não deve fazer a massagem se:
Não existe apenas um jeito de fazer o gua sha, mas, no rosto, a técnica mais simples consiste em fazer movimentos ascendentes, a partir do meio da face, em direção à testa e às orelhas. Você precisará de um hidratante ou óleo facial e uma pedra (ou madeira) específica para a massagem, que pode ser encontrada em diversas lojas online que vendem produtos para rotinas de skincare.
Antes de começar, certifique-se de que seu rosto está limpo e bem hidratado (sem manchas secas). Você não deve ter hematomas, cortes ou danos na pele.
Com a explosão de tratamentos alternativos com cristais e pedras semipreciosas, é preciso ficar atento à procedência dos materiais que você utiliza. Isso porque os garimpos clandestinos são um problema grave no Brasil e no exterior.
Em 2011, segundo a Federação Nacional das Polícias Federais, 375 toneladas de quartzo – um dos cristais utilizados na massagem gua sha – foram apreendidas. Após a descoberta de que a extração do mineral estaria danificando áreas de preservação permanente. Na operação, 31 pessoas que viviam em condições análogas à escravidão numa mina de cristal de quartzo foram resgatadas.
Em 2019, o jornal britânico The Guardian expôs a infinidade de problemas e de violações aos direitos humanos relacionados à mineração de cristais. Segundo o periódico, 85 mil crianças trabalham nos túneis de caça às pedras em Madagascar. A floresta está desaparecendo por causa da expansão da atividade mineradora.
O trabalho escravo, o desmatamento, a degradação ambiental e o risco à saúde dos trabalhadores são alguns dos inúmeros problemas dos garimpos clandestinos. Por isso, ao adquirir um cristal ou pedra, procure conhecer a procedência do produto. Dê preferência a comerciantes que adquirem suas pedras de mineradoras legalizadas ou de cooperativas de garimpeiros.
Se não quiser arriscar, existem massageadores de madeira específicos para a prática de gua sha disponíveis no mercado. Além de mais sustentáveis, eles podem também ser mais acessíveis do que aqueles feitos de jade, quartzo e outros cristais.
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