Um hambúrguer criado em laboratório, com células-tronco de ombro de vaca, formando cerca de 20 mil filamentos de proteína, foi desenvolvido por cientistas na Universidade de Maastrich, na Bélgica, e apresentado ao público em agosto de 2013. Foram necessários cinco anos de trabalho e financiamento na ordem de US$ 330 mil de Sergey Brin, co-fundador do Google. Brin diz que patrocinou o projeto porque se preocupa com direitos dos animais e para auxiliar na criação de alternativas que possuam um impacto ambiental menor em comparação com práticas de criação de gado.
Estudos indicam que a pecuária é responsável por uma fração entre 18% e 51% da emissão dos gases estufa. O valor varia em função da fonte consultada. Isso envolve os gastos de água, transporte, energia, entre outros fatores.
O desenvolvimento dessa carne de laboratório vem atender a algumas preocupações de contaminação nos animais criados para corte, como a possível ingestão de antibióticos ministrados a eles ou a aplicação de hormônios de crescimento injetados nos bichos.
O tratamento ético dos animais criados para abate também é um componente central nas discussões contemporâneas sobre a alimentação humana. Somadas, essas e outras questões dizem respeito a origem da carne que estamos comendo, a uma exigência de confiança na qualidade do alimento que estamos consumindo e ao cuidado com os seres vivos.
Depois de décadas de negligência no trato com os animais nos Estados Unidos, parte do setor pecuário incorporou práticas de manuseio ético e abate humanitário na produção de carne. Tanto que uma das principais defensoras do bem-estar animal, a doutora Mary Temple Grandin, disse que o tratamento ético dos bichos já não era a sua preocupação principal. Mas ela alertou que a supervisão deve continuar firme para que os padrões de comportamento continuem a ser implementados corretamente. Nos EUA, existem vários certificados que informam se os abatedouros estão seguindo rigorosamente as recomendações do abate humanitário e da criação ética dos animais.
A fiscalização é um dos principais empecilhos para que o Brasil também siga à risca o compromisso com o bem-estar animal.
É possível dizer que o desenvolvimento do hambúrguer de células-tronco é fruto de uma pressão em longo prazo de movimentos pelos direitos dos animais e a favor de dietas vegetarianas, que, além de evitarem o sofrimento dos bichos e fazerem bem para a saúde, têm menor impacto ambiental. Se você quer dar os primeiros passos para ser vegetariano:
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