Herpes: o que é e tipos mais comuns

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Herpes é o nome geral dado aos vírus da família Herpesviridae, dos quais cinco membros são bastante comuns em seres humanos, cada um deles com efeitos distintos sobre o nosso corpo.

O Herpes Simplex 1 (ou HSV-1) é o responsável por causar herpes labial, enquanto o Herpes Simplex 2 (HSV-2) causa o herpes genital. Já o vírus da Varicela-zoster (HHV-3 ou Human Herpesvirus-3) é o responsável pela catapora e pelo herpes-zóster. O vírus Epstein-Barr (HHV-4) causa mononucleose, enquanto o citomegalovírus (também chamado de HCMV e de HHV-5) causa um tipo de mononucleose infecciosa.

Os herpes mais comuns são os causadores do herpes labial, do herpes genial e do herpes-zóster. Independentemente do tipo de herpes, tome cuidado para não confundir na hora de falar: a palavra “herpes” é masculina!

Tipos de herpes mais comuns

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 99% da população brasileira adulta já teve contato com algum vírus do herpes, mas a maioria das pessoas não manifesta sintomas. A Organização Mundial da Saúde aponta que dois terços da população mundial com menos de 50 anos (o que equivale a 67% da população) estão infectados com o herpes simplex tipo 1 (HSV-1). Esse tipo é transmitido por contato oral, via saliva, e na maioria dos casos causa lesões ao redor da boca.

O herpes simplex 2 é a causa mais frequente do herpes genital e é transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas. Ele também é muito comum na população: estima-se que pelo menos um em cada cinco adultos esteja infectado com esse vírus, mas boa parte dessas pessoas não apresentam sintomas.

O vírus da Varicela-zoster, também chamado de HHV-3 e de Human Herpesvirus-3, causa catapora e herpes-zóster. Uma vez instalado no corpo humano, geralmente na infância após a catapora, esse vírus pode voltar a aparecer na idade adulta, causando o herpes-zóster, uma doença infecciosa que provoca bolhas vermelhas na pele e dor intensa. Esse tipo de herpes pode acometer qualquer região, mas é mais comum no tronco e no rosto. As lesões geralmente se manifestam na forma de uma faixa em um dos lados do corpo.

Existe vacina para prevenir as infecções causadas pelo HHV-3, mas infelizmente essa imunização contra o herpes-zóster ainda não está disponível na rede pública de saúde do Brasil. Já para os herpes simplex 1 e 2 não existe vacina até o momento, sendo que a prevenção e a manutenção de um estilo de vida saudáveis são o melhor caminho.

Saiba mais sobre os três tipos de herpes

Herpes labial

O herpes labial costuma se manifestar em momentos de estresse. Ele pode dar indícios de que vai aparecer por meio de uma leve coceira, formigamento e ardor nos lábios, que podem ocorrer dois dias antes do surgimento das lesões.

Quando aparecem, as lesões parecem pequenas bolhas ou marcas alérgicas, que causam vermelhidão e inchaço na região afetada. Em alguns casos, essas vesículas infeccionam, causando pus e gerando pequenas feridas após seu rompimento.

A contaminação por esse herpes se dá pelo contato entre pessoas por meio de saliva, pele ou lábios do paciente contaminado. Pode acontecer também com compartilhamento de objetos, como louças, maquiagens, toalhas e mais itens que estejam infectados, no caso de o indivíduo ser suscetível ou apresentar predisposição em relação à doença.

Herpes genital

O herpes genital provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos, em forma de pequenas bolhas agrupadas. Normalmente, as bolhas surgem e logo em seguida se rompem, formando úlceras. Na primeira fase da infecção, estas lesões tendem a ser muito dolorosas. Pode haver também uma leve coceira no local.

Além da lesão típica, a primeira fase da infecção costuma vir acompanhada de outros sintomas, como febre, mal estar e dores pelo corpo. Podem surgir linfonodos nas região da virilha e, se as úlceras estiverem próximas à saída da uretra, pode haver intensa dor ao urinar.

No caso de lesões internas, nas mulheres, os únicos sinais de doença podem ser corrimento vaginal e/ou desconforto durante o ato sexual. As lesões na infecção primária do herpes genital costumam demorar em média 20 dias para desaparecer.

Após a infecção primária, as lesões do herpes genital desaparecem, permanecendo silenciosas por vários meses. Na maioria dos pacientes, a infecção ressurge de tempos em tempos – em alguns casos, mais de uma vez por ano. As lesões recorrentes tendem a ser menos dolorosas e duram cerca de dez dias, metade do tempo da infecção primária. Com o passar dos anos, as recorrências vão ficando mais fracas e menos frequentes.

As lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento, em indivíduos com boa resistência imunológica. Os sinais e sintomas podem reaparecer, dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, menstruação, exposição prolongada ao sol, traumatismo ou uso de antibióticos. Usar preservativo durante as relações sexuais é a melhor forma de se prevenir.

Herpes-zóster

O herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro ou zona, é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora, o Varicela-Zoster, que pode voltar a surgir durante a idade adulta, provocando bolhas vermelhas na pele e dor intensa.

Qualquer pessoa que teve catapora em algum momento da vida pode desenvolver herpes-zóster. Isso porque o vírus fica latente nos gânglios do corpo e, eventualmente, pode ser reativado e “viajar” ao longo das vias nervosas até a pele, produzindo as erupções.

Os sintomas podem aparecer em qualquer parte do corpo. É comum a erupção começar no meio das costas em direção ao peito, mas também pode aparecer no rosto, em torno de um olho ou mesmo atingir o nervo óptico. Além disso, é possível ter mais de uma área de erupção no corpo (barriga, cabeça, face, pescoço, braço ou perna). Esse herpes se desenvolve em fases: período de incubação (antes das erupções), fase ativa (quando a erupção aparece) e a fase crônica (neuralgia pós-herpética, que tem duração de pelo menos 30 dias e pode continuar por meses ou anos).

Esses sinais podem aparecer alguns dias antes de uma erupção acontecer. Os calafrios e dor de estômago, com ou sem diarreia, aparecem poucos dias antes das erupções e podem persistir durante o período das lesões da pele. Ao contrário da catapora, que aparece apenas uma vez na vida, o herpes-zóster pode voltar a se manifestar sempre que houver uma queda na imunidade. A única maneira de prevenir esse herpes é a vacinação.

Se você sentir qualquer um desses sintomas, procure orientação médica para saber qual a melhor opção de tratamento no seu caso.

Cuidados simples podem reduzir crises recorrentes

Embora não tenha cura, crises eventuais de herpes podem ser evitadas com mudanças no estilo de vida. Evitar exposição excessiva ao sol, adotar hábitos alimentares saudáveis, dormir bem e reduzir seus níveis de estresse são atitudes que simples que podem fazer toda a diferença.

No vídeo abaixo, confira seis plantas com propriedades antivirais que podem auxiliar no tratamento:

Equipe eCycle

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