A hibernação é um estado de redução de atividade metabólica e da temperatura corporal realizada por alguns animais. O método é utilizado como uma adaptação para que os animais sobrevivam durante o inverno, possibilitando um menor gasto energético e baixo consumo de alimentos.
O termo hibernação é concedido a diversos tipos de animais vertebrados que passam por momentos de “dormência” durante temperaturas mais baixas — podendo variar entre peixes, répteis e mamíferos. No entanto, muitos consideram que mamíferos maiores, como os ursos, não ficam em um estado total de hibernação, uma vez que podem ser facilmente acordados.
De fato, acredita-se que os verdadeiros hibernadores são animais que entram em um estado similar a morte durante esse período. A temperatura corporal dos hibernadores chega a quase 0ºC, a frequência respiratória e cardíaca diminuem, e só são acordados quando expostos a temperaturas maiores.
Em desenhos animados e em pedaços de mídia infantis, a hibernação é retratada como um tipo de sono profundo que ocorre durante o inverno, se estendendo até a primavera. Porém, não é bem assim. Ao hibernar, os animais não estão dormindo e sim, em um estado conhecido como “torpor”.
Durante o sono, as funções corporais inconscientes, como a respiração, batimentos cardíacos e atividade cerebral detectável ainda são realizadas, diferentemente do que ocorre na hibernação, em que essas funções são quase inteiramente suspendidas.
No torpor, a taxa metabólica dos animais é reduzida a uma pausa quase completa que pode durar semanas ou meses. Muitas espécies também diminuem suas frequências cardíacas e respiratórias, muitas vezes ficando minutos sem respirar. Além disso, também há a redução da atividade cerebral desses animais, que fica quase indetectável.
“A maioria das funções fisiológicas ficam extremamente lentas ou completamente interrompidas”, explica Marina Blanco, pós-doutora associada do Duke Lemur Center em Durham, Carolina do Norte, segundo a National Geographic.
Para entender o porquê os animais hibernam, é necessário entender que existem duas categorias de organismos: endotérmicos e ectotérmicos.
Por um lado, os animais ectotérmicos possuem uma vantagem: não precisam gastar energia para regular sua temperatura corporal. Porém, dependem de fontes externas, como o calor do Sol, para se aquecerem.
Já os organismos endotérmicos precisam de alimentos, que são convertidos em energia, para que a regulação de sua temperatura corporal seja realizada. Entretanto, em estações mais frias, esses animais ficam vulneráveis às condições extremas do inverno, quando a comida é escassa.
Portanto, entram na hibernação, diminuindo suas funções corporais para preservar energia. No período pré-hibernação, esses animais se alimentam mais para armazenar a comida como gordura corporal, que é usada como energia durante o “sono”.
Existem dois tipos de gordura: a gordura branca regular e a gordura marrom. A gordura marrom forma manchas perto do cérebro, coração e pulmões do animal e envia uma rápida explosão de energia para aquecer esses órgãos na hora de acordar.
O ser humano não precisa hibernar por dois motivos:
Diversas espécies de animais hibernam, como ouriços, morcegos, algumas espécies de tartarugas, peixes e até mesmo insetos. Entretanto, alguns animais conhecidos por esse ato não são considerados verdadeiros hibernadores, como os ursos e os esquilos.
No caso dos ursos, por exemplo, sair da hibernação leva mais tempo e usa muita energia, o que não é prático para animais de grande porte. Já os esquilos, por outro lado, não são capazes de ganhar gordura corporal suficiente para sobreviver durante todo o inverno sem comer.
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