O hidrogênio é o elemento mais abundante do universo, com menor massa atômica (1 u) e menor número atômico (Z=1) entre todos os elementos conhecidos. Apesar de estar posicionado no primeiro período da família IA (metais alcalinos) da Tabela Periódica, o hidrogênio não faz parte dela, pois apresenta características físicas e químicas únicas que o diferenciam destes outros elementos.
Comumente, ele participa da composição de diversos tipos de substâncias orgânicas e inorgânicas, como o metano e a água. Quando não está combinado com outros elementos, ele é encontrado exclusivamente no estado gasoso, formado por uma molécula contendo dois átomos de hidrogênio, cuja fórmula é H2.
No seu estado natural e sob condições normais, o hidrogênio é um gás incolor, inodoro e insípido. É uma molécula com grande capacidade de armazenar energia, e por esse motivo sua utilização como fonte renovável de energia elétrica e térmica vem sendo amplamente pesquisada.
Em meados do século XVI, Von Hohenheim resolveu colocar alguns metais em reação com ácidos, e acabou obtendo o hidrogênio. Embora testado anteriormente, Henry Cavendish conseguiu separá-lo dos gases inflamáveis e o considerou um elemento químico em 1766.
Não ser um metal e muito menos um ametal compõe a sua peculiaridade na Tabela Periódica. Em 1773, Antoine Lavoisier deu ao componente químico o nome de hidrogênio, que deriva do grego hydro e genes, e significa gerador de água.
Na Terra, este elemento não é encontrado em sua forma mais pura, e sim na forma combinada (hidrocarbonetos e derivados). Por esse motivo, ele deve ser extraído de outras fontes. As principais são:
A estabilidade do átomo de hidrogênio é alcançada quando ele recebe um elétron na camada de valência (a camada mais externa de um átomo). Em ligações iônicas, o elemento interage exclusivamente com um metal, ganhando um elétron dele. Já em ligações covalentes, seu elétron é compartilhado com um ametal ou outro átomo semelhante, formando ligações simples.
O H2 possui grande afinidade química com diversos compostos. Essa propriedade diz respeito à capacidade que uma substância tem de reagir com a outra, pois mesmo se duas ou mais substâncias forem colocadas em contato, mas não houver afinidade entre elas, não ocorrerá a reação. Desse modo, ele participa de reações como hidrogenação, combustão e simples troca.
O hidrogênio molecular pode ser obtido a partir do ar atmosférico, já que é um dos gases presentes nessa mistura. Para isso, é necessário submeter a mistura gasosa ao método de liquefação fracionada e, em seguida, à destilação fracionada.
O gás hidrogênio também pode ser obtido por meio de reações químicas específicas, como:
A bomba de hidrogênio, bomba H, ou bomba termonuclear é a bomba atômica que tem o maior potencial de destruição. Seu funcionamento decorre de um processo de fusão nuclear, motivo pelo qual também pode ser chamada de bomba de fusão.
A explosão deste tipo de bomba decorre do processo de fusão, o qual acontece sob temperaturas altíssimas, aproximadamente 10 milhões de graus Celsius. Seu processo de produção se inicia com a união dos isótopos do hidrogênio. A junção desses isótopos faz com que o núcleo do átomo gere ainda mais energia, isso porque são formados núcleos de hélio, cuja massa atômica é 4 vezes maior do que a do hidrogênio.
Assim, o núcleo que era leve passa a ser pesado. Por isso, o processo de fusão nuclear é milhares de vezes mais violento do que o de fissão. A força dessa bomba pode chegar à de 10 milhões de toneladas de dinamites, liberando material radioativo e radiação eletromagnética em um nível muito superior ao das bombas atômicas.
O primeiro teste de uma bomba de hidrogênio, em 1952, liberou uma quantidade de energia equivalente a cerca de 10 milhões de toneladas de TNT. Vale ressaltar que esse tipo de reação é a fonte de energia das estrelas como o Sol. Ele é composto de 73% de hidrogênio, 26% de hélio e 1% de outros elementos. Isso é explicado pelo fato de ocorrerem reações de fusão em seu núcleo, em que átomos de hidrogênio se fundem originando átomos de hélio.
O hidrogênio é conhecido como uma das principais fontes de energia do futuro. Ele pode ser usado como combustível em motores ou gerar eletricidade em células a combustível.
Ao passar pelo processo de combustão, o hidrogênio libera apenas água e energia térmica. Por isso ele é considerado uma fonte de energia limpa. No entanto, os motores de combustão tradicionais precisarão de adaptações ao uso de hidrogênio, o que pode ser custoso. Vale destacar que o H2 é altamente inflamável, exigindo cuidados adicionais de segurança no seu manuseio e armazenamento.
Por outro lado, usar hidrogênio pode reduzir muito o impacto ambiental da queima de combustíveis fósseis. Outra vantagem dele está em sua alta taxa de combustão, o que gera mais energia com maior eficiência.
Uma outra maneira ainda mais promissora para a utilização de H2 é por meio de células a combustível, ou células de hidrogênio.
Esses equipamentos produzem energia elétrica e vapor de água, combinando o oxigênio do ar com o hidrogênio armazenado. Assim, a geração de energia por meio desses dispositivos não resulta na emissão de carbono na atmosfera, tornando esse processo limpo.
A construção de células a combustível ainda é cara, mas está em constante aprimoramento. Conforme o hidrogênio for ficando mais barato e acessível, a aplicação desta tecnologia tende a crescer no mesmo ritmo.
A principal vantagem das células a combustível está na capacidade de armazenar o hidrogênio e facilitar seu transporte pelo consumidor final. Em outras palavras, elas funcionam como uma espécie de “bateria” recarregável, onde ocorre o reabastecimento de hidrogênio para manter a reação eletroquímica que produz eletricidade.
As energias renováveis são conhecidas como intermitentes, ou seja, nem sempre são encontradas em abundância. Por exemplo, em dias nublados, o potencial de produção de energia solar é baixo. São nesses cenários que o hidrogênio armazenado em células de combustível pode servir como solução para que os sistemas energéticos renováveis e sustentáveis continuem funcionando.
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