A hidrosfera compõe uma das quatro esferas terrestres e corresponde à massa total de água presente na superfície terrestre, em áreas subterrâneas ou no ar. Além disso, a hidrosfera de um planeta pode englobar os três estados físicos da água: sólido, líquido e gasoso.
As esferas terrestres correspondem às partes da estrutura do planeta Terra que são separadas em subsistemas. Cada subsistema é classificado de acordo com seus elementos biofísicos, como água (hidrosfera), terra (litosfera), ar (atmosfera) e seres vivos (biosfera).
Em seu estado líquido, ela pode ser encontrada em oceanos, rios, lagos, poços e aquíferos. No planeta Terra, os oceanos transportam a maior parte da água salgada, enquanto a maioria dos lagos e rios transportam água doce.
Por outro lado, a parte sólida da água é encontrada em regiões glaciais, calotas de gelo e icebergs. Neste caso, a parte congelada da hidrosfera também pode ser chamada de criosfera.
A parte gasosa visível a olho nu pode ser encontrada como vapor de água, principalmente, em nuvens e neblinas. Dessa forma, o volume aproximado de água na hidrosfera é de 1.386.000.000 km³.
A água é movida pela hidrosfera em um ciclo, chamado de ciclo da água, ou ciclo hidrológico. Tal fenômeno representa uma parcela significativa da água que encontra-se em permanente circulação, sob a ação da gravidade e da energia solar.
Nele, a água da superfície é evaporada, formando nuvens. As nuvens se mantêm no céu até o momento em que as gotas começam a se tornar pesadas demais para se sustentar na atmosfera. Uma vez pesadas demais, as gotas começam a cair e, dependendo das condições do tempo, podem voltar à superfície como pedras de gelo (granizo), cristais (neve) ou como gotas de chuva.
Este ciclo é responsável por manter a umidade do ar, abastecer lençóis freáticos e conservar a vida de plantas por todo o mundo. Além disso, ele também está diretamente ligado às trocas de energia entre as outras esferas terrestres. Portanto, tais ligações ajudam a definir o clima da Terra, amenizando o efeito estufa e causando grande parte da variabilidade climática natural.
Baseado na idade dos meteoritos, a Terra possui aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Já as rochas mais antigas registradas têm em torno de 3,9 a 4 bilhões de anos. Estas rochas, embora modificadas por processos erosivos ao longo do tempo, mostram sinais de terem sido depositadas em um ambiente aquático.
Assim, uma das teorias mais famosas é de que a origem da hidrosfera esteja ligada com teorias da origem da Terra, como a teoria do Big Bang.
Por causa da presença de compostos como oxigênio (O2), dióxido de carbono (CO2) e alguns nutrientes, a vida na hidrosfera é possível. Assim, essa esfera é habitat de diversas formas de vida, como peixes, mamíferos aquáticos, algas, plantas, bactérias, anfíbios e répteis.
Além disso, muitos animais terrestres utilizam da hidrosfera para se reproduzirem e desenvolverem.
Apesar de os rios e lagos constituírem uma pequena porcentagem de água presente na hidrosfera, eles são importantes reservatórios de água doce e potável. Além de serem um fator importante para a manutenção da vida, eles são usados, principalmente, para abastecer as necessidades domésticas, agrícolas e industriais.
Por isso, eles também são muito suscetíveis a alterações na composição química da água devido a esses usos e ao manejo incorreto.
A água é a substância mais abundante na superfície terrestre, cobrindo cerca de 70% da área total. No entanto, apenas 2,5% é doce e 0,1% viável para consumo humano. Isso significa que ela é um recurso mineral que necessita de preservação, já que pode se tornar escasso se manejado de maneira inadequada.
Este é o caso do consumo pela agricultura, que usa cerca de 70% da água doce disponível no mundo para irrigação. Além de seu uso exagerado, a hidrosfera também é ameaçada pela poluição proveniente de agrotóxicos e fertilizantes que se infiltram nos lençóis freáticos, localizados abaixo da superfície.
Outro impacto da atividade humana é o descarte incorreto do esgoto doméstico, metais pesados e plásticos nas águas do planeta. Isso resulta na diminuição da qualidade da água e, consequentemente, em sua escassez.
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