Conheça a história da Páscoa

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A Páscoa é um feriado católico que celebra a ressurreição de Jesus Cristo três dias após sua crucificação feita pelos romanos. A celebração é uma das mais importantes no cristianismo, já que a ressurreição de Cristo marca o começo de diversas religiões.

Por ser um feriado de cunho religioso, a história da Páscoa está enraizada nos acontecimentos descritos dentro do Novo e Velho Testamento.

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A história da páscoa 

De acordo com o Novo Testamento, Cristo foi preso por autoridades romanas por se declarar filho de Deus, e então sentenciado à crucificação em uma sexta-feira, que desde então também é celebrada como a Sexta-Feira da Paixão, outro feriado de cunho religioso que ocorre antes da Páscoa. Dentro do Novo Testamento está escrito que quem acredita na ressurreição de Cristo está abençoado com o presente da “vida eterna” — que significa que serão aceitos no paraíso.  

O feriado marca o início da primavera no Hemisfério Norte, dando origem ao seu nome em inglês, Easter. Acredita-se que a palavra Easter deriva-se da deusa anglo-saxona da fertilidade e da primavera — Eostre ou Eostrae. Porém, por conta da polêmica em que o cristianismo se apropriou de feriados pagãos, outros historiadores acreditam que a palavra vem da frase in albis, em latim, que significa alvorecer e depois foi traduzida para eostarum em uma língua antecessora ao inglês. 

Já a Páscoa deriva-se de Pessach, o termo hebraico que significa “passagem” e que remete à libertação dos escravos hebreus do Egito, como descrito no Velho Testamento. O Pessach também é um feriado judeu que comemora essa libertação e que se passa no mesmo dia da Páscoa

Quaresma 

A quaresma é um período de 40 dias antes da Páscoa, que começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no domingo antecessor da Páscoa, conhecido como Domingo de Ramos. Esse período é conhecido como um marco das celebrações da Páscoa, que consiste em um tempo de arrependimento e jejum.

No feriado brasileiro, a quaresma se desprendeu do jejum original, onde as pessoas evitam um alimento por 40 dias até a celebração. No Brasil, é comum comer carne nos dias antecessores à Páscoa, exceto na Sexta-feira Santa. 

Celebrações 

O feriado é celebrado de diversas formas. Muitos cristãos passam o domingo de Páscoa na igreja, rezando, comemorando e aprendendo a história de Jesus Cristo em sua homenagem. 

Contudo, outras tradições estão enraizadas em costumes pagãos, como uma celebração da primavera e fertilidade. O coelho, por exemplo, é um símbolo da primavera e, os ovos, de fertilidade. 

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Por outro lado, também acredita-se que a associação dos ovos tenha vindo da igreja. Durante uma Semana Santa, a igreja proibiu o consumo dos ovos, porém, as galinhas continuaram botando-os. Dessa forma, esses ovos foram adotados como Ovos da Semana Santa, que então foram decorados — um costume ainda realizado no Hemisfério Norte. O alimento, então, tornou-se um símbolo para a ressurreição — assim como Cristo ressurgiu da tumba, os animais representam uma nova vida quando eclodem do ovo. 

Embora suas diversas celebrações, boa parte das pessoas enxergam a Páscoa como um momento de celebrar a vida junto com a família e as pessoas queridas.

Ovos de chocolate e o coelhinho da Páscoa

Seguindo as tradições de decoração dos ovos, a origem dos ovos de chocolate é datada na Europa no século XIX. Entretanto, os primeiros registros de ovos de Páscoa eram amargos e duros e foram evoluindo junto com a produção de chocolate. 

O coelho da Páscoa também tem sua origem no século XIX. Como já mencionado, o animal é um símbolo da primavera. Essa associação se dá ao fato dos coelhos terem ninhadas grandes, com muitos filhotes — o que simboliza a vida e a fertilidade, ambas que são celebradas na estação. 

Por terem uma associação muito grande com o paganismo e as religiões pagãs, muitos cristãos evitam engajar celebrações que usam esse simbolismo. Porém, devido a sua popularidade, os ovos de chocolate deixados pelo coelho são partes essenciais do feriado no mundo inteiro e fazem parte da história da Páscoa

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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