O humor é a capacidade de expressar ou achar algo engraçado. Além de ser uma fonte de entretenimento, o humor serve como uma ferramenta para lidar com momentos difíceis, vergonhosos ou estressantes. Uma boa piada ou uma risada descontraída pode ter benefícios para a saúde e facilitar a formação de laços sociais.
Os estudos sobre o humor ainda buscam entender como ele funciona. No entanto, existem diversas teorias que tentam explicar o que uma pessoa pode achar engraçado. Na maioria dos casos, isso envolve uma quebra de expectativas do ouvinte. Além disso, idade, cultura, orientação política e outros fatores também afetam o que um indivíduo entende como humorístico.
Algumas das teorias sobre o humor humano são:
Criada pelo cientista Peter McGraw, a teoria da violação benigna determina que o humor de uma situação só surge quando ela aconteceu há muito tempo, ou quando não teve efeitos negativos na segurança e na saúde do indivíduo.
Por exemplo: muitas piadas históricas são feitas a respeito de grandes guerras e revoluções e elas costumam ser consideradas engraçadas porque já faz muito tempo desde o acontecido. Sendo assim, é claro que durante o período que ocorreram, as pessoas não gozavam do acontecido da mesma forma.
Outro caso é quando uma pessoa escorrega e cai no chão. Se depois do acidente ela se levanta e aparenta estar em boas condições é normal que as pessoas ao seu redor achem o momento engraçado. Porém, se tiver se machucado na queda, as risadas não irão surgir.
Um fator que também faz parte dessa teoria é o distanciamento entre aqueles que ouvem a história e quem passou por ela. Ou seja, indivíduos são mais propensos a rir de um estranho que perdeu dinheiro em apostas, do que de um amigo próximo ou parente.
McGraw pontua que, em alguns casos, uma situação inapropriada pode ser engraçada, pois viola normas sociais e morais ao mesmo tempo que não causa danos a ninguém. Esse humor também é guiado pela distância do ouvinte com o objeto da piada. Ou seja, quanto mais longe a relação dos dois, mais engraçada ela será.
Por exemplo: um desenho animado em que o personagem coloca veneno para matar um rato, mas acaba morrendo por consumir o veneno sem querer, pode fazer a audiência rir. Afinal, o público sabe que aquilo não é verdade, e a probabilidade do personagem voltar a vida no próximo episódio é grande.
O humor pode surgir do sentimento de superioridade sobre outra pessoa. Por isso, o ser humano ri da desgraça alheia. Afinal, ele sente um alívio por não estar na posição ruim. Por isso, tem um senso de validação como se suas escolhas fossem melhores que a desses indivíduos.
Um estudo, publicado pela revista Neuropsychologia em 2018, mostrou que os voluntários que viam humor em se sentirem superiores ou em posições melhores tinham um aumento na atividade cerebral associada ao prazer e recompensa.
A teoria do humor como alívio foi difundida por Sigmund Freud. O psicólogo acreditava que a ação libera a energia física causada pela tensão diária. Graças a esse pensamento, diversos estudos mostraram que a risada pode gerar benefícios fisiológicos. Sendo assim, pode reduzir o estresse, ansiedade e até mesmo a dor física.
Um exemplo é quando duas pessoas se encontram em um momento tenso por não se conhecerem muito bem. Entretanto, durante essa ocasião desconfortável, um dos indivíduos faz piada com algo que acabou de presenciar e o outro ri. Isso alivia o clima e faz com que ambos se sintam confortáveis.
A teoria da incongruência do humor sugere que achamos algo engraçado quando isso quebra as expectativas de alguma forma. O fator pode ser percebido em piadas em que a surpresa faz parte do momento humorístico, desafiando as expectativas do ouvinte.
Por exemplo: “Uma cobra entra no bar e o bartender fala ‘como você fez isso?’”. Ou “Qual é o desastre natural que os cães mais odeiam? Fura-cão”.
O fator surpresa é o responsável pelas risadas e pelo lado humorístico da piada. Ele faz com que as pessoas fiquem chocadas com o final da história.
Pesquisas apontam que certos traços de personalidade correspondem com o estilo de humor que as pessoas usam. Por exemplo, aqueles que são mais engraçados são extrovertidos e usam piadas para se relacionar com outros e gerar bem-estar. Pessoas mais conscientes e menos abertas a novas experiências são propensas a não usar o humor ou enxergá-lo como algo ofensivo.
Existem diversos motivos pelos quais alguém opta por melhorar o humor. Seja para fazer amizades, ser saudável, mais atrativo, mudar a perspectiva de vida e até ser mais criativo. Aqueles que não tem um senso de humor bem desenvolvido geralmente apresentam as seguintes características:
É importante frisar que certos fatores podem afetar o humor do ser humano. A personalidade, experiências de vida, saúde mental e confiança social têm impacto significativo no temperamento individual. Logo, pessoas tímidas e inseguras têm mais chances de ter um senso de humor fraco. Para melhorar isso você pode:
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