O processo seletivo para os brigadistas está aberto
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vai contratar 1.152 brigadistas para atuar no combate a incêndios florestais este ano. Eles vão atuar em 72 unidades de conservação ambiental localizadas nas áreas de maior risco de incêndios florestais nesta época do ano.
Os incêndios florestais são recorrentes todos os anos no período da seca, de junho a outubro, nas regiões norte, centro-oeste e sudeste. Nesse período o fogo tende a ter maior intensidade e é comum que saia do controle com maior facilidade.
Segundo o ICMBio, a maior parte dos incêndios florestais é causada pela ação humana. As principais causas de incêndio são a limpeza de pastagem para agricultura e pecuária, a queima de entulho, as fogueiras e a prática ilegal de soltar balões.
Os planos iniciais eram contratar 450 brigadistas, mas o número era considerado insuficiente pelo ICMBio. Segundo o órgão, o aumento do contingente representa um reforço importante nas unidades. Os recursos para as contratações foram liberados pelo Ministério do Meio Ambiente em 30 de junho.
O processo seletivo para os brigadistas está aberto. Os contratos serão de seis meses, para cobrir o período mais crítico de seca na Amazônia e na região central do país.
Desde maio o instituto também está promovendo ações preventivas nas unidades de conservação, como treinamentos para as comunidades do entorno e construção dos aceiros, faixas de terra limpa que evitam que o fogo se alastre.
Como evitar o fogo
A Coordenação de Emergências Ambientais do ICMBio listou recomendações para que moradores e visitantes de áreas verdes evitem queimadas. A orientação é que essas pessoas evitem o uso de fogo, que deve ser substituído por lanternas ou outros equipamentos não inflamáveis. Também deve-se evitar a queima de lixo e entulho em áreas de vegetação.
Para agricultores e pecuaristas, o instituto recomenda a adoção de medidas preventivas para que o fogo usado na limpeza de terrenos para plantio não se torne um incêndio. A prática é autorizada em alguns estados, mas para fazer a queima legalmente é preciso pedir autorização do órgão ambiental estadual, que deve fornecer as orientações necessárias.