Cientistas que trabalham com biotecnologia descobriram como modificar plantas geneticamente para torná-las naturalmente brilhantes no escuro. O intuito é aperfeiçoar a tecnologia para que, no futuro, ela seja transferida para árvores. Essa nova fonte de energia representaria uma revolução no sistema de iluminação e poderia até vir a substituir lâmpadas.
As árvores transgênicas seriam uma fonte de energia limpa, sustentável e de baixo custo, capazes de iluminar vias urbanas e jardins. Além de reduzirem a dependência em energia elétrica e de combustíveis fósseis, também colaborariam para o sequestro de carbono.
Os grupos Bioglow e o Glowing Plants, ambos dos Estados Unidos, são os primeiros a se dedicarem ao desenvolvimento da tecnologia.
O Glowing Plants usa o método Agrobacterium, que é considerado um método natural de transferência de gene para as plantas, amplamente usado pela biotecnologia na criação de alimentos transgênicos. O vídeo a seguir foi que produzido pela Embrapa explica o procedimento:
No caso das plantas que brilham no escuro, os cientistas reprogramaram o gene causador da bioluminescência em bactérias para ter o mesmo efeito quando incorporado aos vegetais e o transferiram para uma espécie de planta do gênero Arabidopsis, muito usada como organismo modelo na biologia genética. Apesar de método ser convencionalmente usado para a produção de alimentos, as plantas transgênicas que brilham não devem ser consumidas por animais ou humanos. Sua finalidade é estritamente ornamental e de iluminação.
Aceitação
O Glowing Plants foi lançado por uma plataforma de financiamento coletivo e conquistou mais de oito mil apoiadores, provando que não é apenas um seleto grupo de cientistas que acredita na ideia. Mas a inovação não agradou a todos. O projeto encontrou resistência dentro da própria comunidade científica e de grupos que se posicionam contra os OGMs. Como consequência da polêmica gerada, a plataforma passou a banir qualquer campanha na qual o consumidor possa adquirir produtos geneticamente modificados através do site.
O principal argumento contrário é referente a possibilidade de disseminação das sementes no ambiente e das consequências disso aos ecossistemas, uma vez que os potenciais impactos ambientais causados por essa alteração genética ainda são desconhecidos.
As plantas que brilham no escuro podem ser adquiridas no sites oficiais da Bioglow e da Glowing Plants. Os co-fundadores do Glowing Plants, Antony Evans e Dr Kyle Taylor, explicam sobre o projeto no vídeo (em inglês):
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