Imaginação: o que é e qual sua função?

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A imaginação é o ato de pensar e representar algo no inconsciente, seja uma situação que pode existir ou já existiu na vida real, ou um cenário impossível — como andar sobre a água. Diferente de acreditar, desejar e criar expectativas, o ato de imaginar cria situações que nunca aconteceriam na vida real, e que não necessariamente são parte do desejo e das crenças do indivíduo.

Assim como a consciência, a imaginação é um fenômeno da mente humana que os estudiosos ainda não entendem muito bem. Por isso existe uma série de pesquisas que tentam exemplificar o seu funcionamento, ou a forma que ela surgiu para os seres vivos. O objetivo desses cientistas é entender não apenas a sua estrutura funcional, mas também examinar seu papel na criatividade e nas perspectivas das pessoas.

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Como funciona o ato de imaginar?

Diferente da percepção, a imaginação não depende de informações sensoriais externas daquilo que uma pessoa consegue ver, ouvir, sentir, provar e tocar no momento. Na verdade, ela é impactada de forma inconsciente pelas memórias, sentimentos e informações armazenadas que o ser humano tem do mundo. 

As funções da imaginação para as pessoas são as mais diversas:

  • Desenvolver experiência e conhecimento sobre o mundo;
  • Entender a perspectiva de outras pessoas;
  • Resolver problemas;
  • Criar e interagir com produções artísticas;
  • Gerar sentimentos de relaxamento ao fantasiar sobre outras realidades;

A imaginação é a principal ferramenta para trabalhos que envolvem criatividade, já que ela permite que a pessoa possa pensar além daquilo que está na sua frente. Assim, novas ideias surgem de pensamentos imaginativos. 

Como surgiu a imaginação?

Alguns especialistas acreditam que a imaginação e a consciência humana surgiram com a evolução dos mamíferos. Isso porque milhões de anos atrás os dinossauros dominavam a Terra. Como essa espécie tinha hábitos diurnos, em decorrência de serem animais de sangue frio, forçava os mamíferos a serem noturnos, em prol de sua sobrevivência.  

Por viverem no escuro da noite e do subterrâneo, esses animais mamíferos tiveram que adequar seus sentidos. O que teria contribuído para o surgimento da imaginação. Isso aconteceu porque eles memorizavam os caminhos que faziam para conseguir comida. E como forma de encontrá-los novamente, re-projetavam essas lembranças — no que seria uma versão primitiva do imaginário.

O hábito animal teria feito com que o cérebro dos mamíferos formassem sistemas neurais, como o hipocampo, que contribui para formação de memórias e cenários imaginários. 

Qual a relação da psicologia e da imaginação?

Para a psicologia, a imaginação funciona como uma ferramenta que facilita a visualização de objetivos e desejos humanos. Além disso, ela promove o processamento de experiências passadas, através do revisitamento de memórias. Esse fator contribui para o tratamento de traumas, controle de emoções e alívio do estresse. 

Cuidar da saúde mental é essencial para o cuidado da saúde física. Isso porque existe uma conexão ainda não entendida entre a mente e o corpo. O ato de imaginar pode ser usado para o tratamento de uma série de transtornos, como o transtorno de estresse pós-traumático, a depressão e ansiedade.

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Crianças e a habilidade de imaginar

Permitir que uma criança imagine contribui imensamente para a sua formação. Uma pessoa que pratica a imaginação ainda na infância consegue desenvolver de forma adequada seu sistema cognitivo e suas habilidades criativas e sociais. Crianças que imaginam exploram seus sentimentos e pensamentos com maior profundidade e são mais abertas a falar sobre suas emoções ruins. 

Algumas formas de incentivar crianças a imaginar são:

  • Brincar de faz de conta;
  • Oferecer folhas e papéis para que elas possam desenhar livremente;
  • Incentivar a leitura para que elas tenham mais informações sobre o mundo;
  • Introduzi-las a novas experiências.
Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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