Imidacloprido é um inseticida utilizado em plantações agrícolas. Ele representa uma ameaça para as abelhas e prejudica a polinização das plantas. Além disso, pode ser responsável pela contaminação do solo e dos corpos hídricos.
Em humanos, a contaminação por imidacloprido pode levar a efeitos como tontura, diarreia e problemas respiratórios. Por se tratar de um produto altamente tóxico, são necessárias algumas medidas preventivas para o seu uso, como o uso de EPI e a aplicação direta na espécie desejada.
O imidacloprido ou imidacloprid (em inglês), é um inseticida sistêmico. Ele faz parte do grupo neonicotinoide de fórmula C9H10ClN5O2, utilizado para o controle de cupins. Ele pode ser utilizado em diversas espécies vegetais, sendo elas de uso alimentar, como frutas e legumes, ou não alimentar, como fumo e algodão.
De acordo com a bula do inseticida, o imidacloprido se enquadra na Classe III — perigoso ao meio ambiente, sendo a Classe I altamente perigosa ao meio ambiente e a II, muito perigoso ao meio ambiente. Apesar do uso destinado à cupins, o imidacloprido interfere na existência e desempenho de outras espécies animais.
O produto é considerado altamente tóxico para minhocas e abelhas, prejudicando o desempenho das minhocas no solo e a polinização das espécies vegetais. Por isso, o seu uso é recomendado fora da temporada em que as abelhas se encontram mais presentes.
O imidacloprido contamina a melada, substância produzida pelos insetos polinizadores. A melada tem um papel importante para o fornecimento de carboidratos para os insetos. Assim, quando contaminada com o imidacloprido, facilita a ingestão do inseticida por esses animais.
Um estudo indica que, além de ser letal, o imidacloprido prejudica o aprendizado e a memória das abelhas. Dessa forma, muitas delas se perdem no caminho de volta à colônia. Além disso, o inseticida pode provocar paralisia e problemas nas funções sensoriais para identificação do pólen.
Outro problema do uso do imidacloprido é a contaminação do solo e dos corpos hídricos. Dessa forma, é recomendado que as embalagens do produto não sejam lavadas em cursos d’água, para reduzir a contaminação.
O descarte da embalagem do inseticida é responsabilidade da empresa, portanto, após o uso, o agricultor deve retornar a embalagem para o local de fabricação. Além disso, é proibido o uso deste produto em aviões de agrotóxicos, de forma a evitar a contaminação do ar e de áreas vizinhas à área de plantio.
Em relação à saúde humana, o imidacloprido é classificado na Classe II – altamente tóxica. A sua contaminação no corpo humano pode ser via oral, inalatória, ocular e dérmica.
O uso do imidacloprido é exclusivamente para a agricultura e a sua aplicação é feita pela pulverização nas plantas. Após a sua aplicação, é necessário aguardar pelo menos 24 horas para que a área seja frequentada novamente. Dessa forma, de acordo com os fabricantes do produto, o risco de contaminação é reduzido.
Além disso, são necessários equipamentos de proteção individual (EPI) para a aplicação do imidacloprido, já que se trata de um inseticida altamente tóxico.
De acordo com alguns estudos, esse inseticida pode provocar danos respiratórios e problemas na tireoide. Se o produto for ingerido, ele pode levar a efeitos colaterais, como tontura, sonolência, tremores e espasmos.
A alta exposição ao imidacloprido pode provocar diarreia, falta de coordenação e perda de peso. Porém, ele não se acumula no organismo, sendo eliminado com facilidade.
Em casos de exposição ao imidacloprido, inicialmente é necessário retirar o sujeito do local de exposição. Em seguida, deve ser realizada uma lavagem com sabão na área que entrou em contato com o pesticida.
Em caso de contato com os olhos, recomenda-se o uso de um colírio após 15 minutos de lavagem em água corrente. Caso a ingestão aconteça, não é recomendado induzir o vômito ou ingerir alimentos e líquidos, mas sim procurar um médico e, se necessário, realizar uma lavagem gastrointestinal.
Por conta dos danos que o imidacloprido pode gerar, em 2012 foi estabelecida a Instrução Normativa Conjunta nº1, que determina as diretrizes para a sua aplicação. No Artigo 1º do documento é determinada a proibição do uso de imidacloprido durante a floração das plantas, já que esse é o período de maior atividade das abelhas.
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