Afinal, qual é o impacto ambiental do ovo? Assim como a maioria dos alimentos de origem animal, o ovo possui efeitos no meio ambiente, que podem derivar tanto da criação de galinhas até ao uso do solo e da água.
O consumo de ovo é comum no mundo inteiro, sendo um dos alimentos básicos na cozinha de grande parte da população. Esse fato pode ser comprovado em uma análise da produção de ovos, que atingiu 68 milhões de toneladas na década anterior à de 2022.
No entanto, essa constante produção e exploração de galinhas resulta em um grande impacto ambiental. Embora seja relativamente menor que grande parte dos outros produtos de origem animal, o impacto ambiental do ovo ainda é um problema.
Quando comparada com a produção de carne e laticínios, a produção de ovos tem uma pegada de carbono 2 a 8 vezes menor e uma pegada ecológica (uso de água e solo) 2 a 4 vezes menor. Porém, ainda sim contabiliza para todas as emissões de gases do efeito estufa que derivam da pecuária.
A crueldade animal é um tópico relevante dentro da discussão dos impactos da produção de ovos, uma vez que galinhas e pintinhos estão sujeitos a condições extremas dentro da pecuária. Além do óbvio confinamento desses animais à gaiolas, outros aspectos de maus-tratos são resultantes de:
O esterco das galinhas pode contribuir para o impacto ambiental do ovo, principalmente na contaminação do solo e da água. Embora seja benéfico em pequenas quantidades, o esterco derivado da criação intensiva desses animais é mais do que o solo pode absorver, resultando em:
Em relação ao consumo de água, os ovos têm uma pegada menor que outros produtos de origem animal. Em base com as calorias do alimento, o ovo precisa de 25% menos água do que é necessário para a produção de carne bovina e 75% menos do que é necessário para a produção de frango.
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oviedo, da Espanha, analisou o impacto ambiental do ovo em 18 categorias diferentes, que incluem destruição do ozônio, mudanças climáticas, acidificação terrestre, toxicidade humana e uso do solo. Entre todos os impactos, foi concluído que a alimentação das galinhas é o que mais proporciona efeitos negativos no meio ambiente, contribuindo para 16 das categorias analisadas.
Entretanto, a substituição de galinhas por aves mais novas também possui um impacto ambiental significativo. De acordo com os especialistas envolvidos na análise, o aumento da “vida útil” dos animais contribuiria para reduzir os impactos derivados desse método.
Por outro lado, no impacto da camada de ozônio, um dos maiores responsáveis dentro da produção de ovo é o transporte de alimentos.
Além disso, especialistas conseguiram contabilizar as emissões de carbono da produção de ovos. Embora relativamente menor que as emissões de outras áreas da pecuária, uma dúzia de ovos possui cerca de 2,7 kg de CO2 equivalente.
Diferentemente da pecuária de confinamento, algumas galinhas são criadas ao “ar livre”, o que pode reduzir os impactos ambientais associado à crueldade animal. Contudo, esses impactos ainda existem e os animais ainda sofrem independentemente dos sistemas de produção em que são criados. Além disso, dados apontam que a taxa de mortalidade de galinhas criadas ao ar livre são relativamente maiores do que animais criados em confinamento.
Como apontado pela pesquisa da Universidade de Oviedo, o maior impacto ambiental da produção de ovos resulta da alimentação das galinhas. Dados apontam que animais criados em ar livre requerem cerca de 14% mais alimentos do que aves confinadas, o que pode aumentar o efeito total dessa indústria no meio ambiente.
Por outro lado, acredita-se que a produção animal ao ar livre pode diminuir outros tipos de impacto ambiental, incluindo a contaminação do solo e da água — que também dependem de boas práticas de sistemas alternativos e produtores em geral.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais