Por Sandra Capomaccio em Jornal da USP | A Prefeitura deve investir cerca de R$ 8 milhões nas obras para expandir um trecho da Marginal do Rio Pinheiros em até 8 km. A via é uma das mais importantes da capital paulista e a obra beneficiaria mais de 1,3 milhão de pessoas que usam essa região.
O arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, que foi relator do Plano Diretor Estratégico de São Paulo em 2002 e 2014, e é professor de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura da USP, é contrário à obra e explica que essa prorrogação está em desacordo com o Plano Diretor da cidade.
Os pontos negativos são vários, como o alto custo que vai representar aos cofres públicos, o incentivo ao uso de veículos e os impactos ambientais .O professor da FAU alerta que a grande obra que estaria precisando ser feita na região é uma ligação entre os dois lados do Rio Pinheiros-Jurubatuba.
Em termos de impacto ambiental, esta é a última área verde que ainda beira um rio na cidade de São Paulo. O local deveria abrigar um parque linear, proposto no Plano Diretor, e não uma avenida.
O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos.
A previsão da gestão municipal é que, depois de contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses. É fato que o local deve ter uma grande valorização imobiliária nos bairros da região em função das obras, ainda sem previsão para o seu início.
A estimativa é que o tempo gasto no trânsito pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminua de maneira considerável após a obra.
Este texto foi originalmente publicado por Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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