Imagem de Clark Young no Unsplash
Na Dinamarca, os agricultores terão que arcar com os custos dos poluentes que aquecem o planeta e que são emitidos pelo gado, após o governo decidir implementar o primeiro imposto mundial sobre emissões na pecuária.
Este marco regulatório, negociado entre pecuaristas, indústria, políticos e grupos ambientalistas, introduzirá um imposto inicial de 14 libras por tonelada de gases de efeito estufa provenientes da pecuária em 2030, aumentando em 2035.
As receitas geradas pelo imposto serão direcionadas para um fundo que apoiará a transição verde da indústria pecuária por pelo menos dois anos após a entrada em vigor da nova medida. O ministro da Agricultura, Jacob Jensen, afirmou que esse acordo representa um novo capítulo na história agrícola dinamarquesa.
O agronegócio é responsável por aproximadamente um terço da poluição que contribui para o aquecimento global, sendo que cerca de metade dessa poluição é gerada por animais. No entanto, até agora, os legisladores têm sido relutantes em controlar essas emissões.
O ministro das Finanças da Dinamarca, Nicolai Wammen, declarou ao jornal The Guardian que o acordo representa um investimento no futuro do agronegócio. Ele destacou que um modelo fiscal de CO2 uniforme em todos os setores traz os menores custos sociais totais.
Segundo Wammen, a transição verde ambiciosa é possível, conforme demonstrado pela Dinamarca, que é um dos maiores produtores de carne suína da Europa e também importante produtor de carne bovina e leite.
Animais ruminantes, como bovinos e ovinos, emitem grandes quantidades de metano durante a digestão. Esse gás é significativamente mais potente que o dióxido de carbono em termos de aquecimento global, embora permaneça na atmosfera por menos tempo.
O imposto dinamarquês proposto para as emissões agropecuárias está abaixo dos níveis que especialistas afirmam refletir o custo social real de uma tonelada de gases de efeito estufa, mas ainda pode estimular práticas agrícolas mais sustentáveis.
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