Os incêndios florestais do Pantanal que aconteceram entre janeiro e novembro de 2020 resultaram na morte de quase 17 milhões de vertebrados, de acordo com especialistas. O número foi estimado pela área desflorestada e as carcaças achadas em uma área delimitada. O estudo não contou o número de mortes resultantes da perda de hábitat natural.
Cerca de 2 milhões de hectares foram queimados nos incêndios de janeiro a setembro. Essas queimadas aconteceram em diversas regiões do Pantanal, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Foram analisados 114.43 quilômetros da área e 302 carcaças de animais foram encontradas. Estimou-se que entre 13 e 18 milhões de vertebrados pequenos morreram nos 39 quilômetros quadrados de área queimada. Além disso, os incêndios podem ter matado cerca de 690 mil a 1 milhão de vertebrados médios e grandes.
Entre as espécies que morreram, foram encontrados pássaros, pequenos lagartos, roedores, primatas e ungulados (animais de casco). Os especialistas relataram que é possível que eles não tenham encontrado outros animais maiores que também morreram pelo fogo, como pumas e onças da área.
Os números estimados da pesquisa não refletem o impacto total causado pelos incêndios, uma vez que outras espécies foram afetadas e podem ter morrido por conta da perda de hábitat e outros fatores decorrentes do fogo.
As queimadas são acontecimentos recorrentes no Pantanal, seja por causas naturais ou instigadas por fazendeiros a fim de solo para agropecuária. Enquanto, normalmente, esses fogos são controlados pelos corpos de água da área, nos incêndios de 2020 uma seca impossibilitou que isso acontecesse, aumentando o impacto ambiental do ocorrido.
O Pantanal também era lar de tribos indígenas da área que perderam cerca de 85% do seu território para o fogo.
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