O que é índice glicêmico?

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O índice glicêmico (IG) é a medida do tempo que o carboidrato dos alimentos leva para ser absorvido pelo organismo. Proposto em 1981 pelo médico e pesquisador pela Universidade de Toronto, David Jenkins, o índice glicêmico é calculado a partir da glicemia (concentração de açúcar na corrente sanguínea) encontrada em até duas horas após a ingestão de uma quantidade de carboidrato determinada. Quanto menor esse tempo, ou seja, quanto mais rápida é a absorção, maior é a chance de haver picos de insulina.

A insulina é o hormônio que distribui o açúcar (na forma de glicose) para as células, fornecendo energia. No entanto, quando ela está alta, pode haver quadros como a diabetes, resistência à insulina e excesso de gordura na região abdominal (a glicose não utilizada é armazenada na forma de gordura).

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Gerenciamento do índice glicêmico

Se você tem diabetes, gerenciar seu índice glicêmico é importante para a manutenção da sua saúde. Isso porque os níveis elevados de açúcar no sangue (que podem ser medidos por meio do índice glicêmico) podem causar complicações a longo prazo.

Quando a pessoa possui diabetes, o pâncreas não é capaz de produzir insulina o suficiente para haver a distribuição de açúcar para as células. Isso causa altos níveis de açúcar no sangue. Os carboidratos, alimentos ricos em açúcar, fazem com que os níveis no sangue subam excessivamente após as refeições. Portanto, é necessário prestar atenção no índice glicêmico dos alimentos.

O nível de açúcar no sangue pode ser calculado em casa, usando um medidor de glicose. O tipo mais comum de calculadora de glicose usa uma lanceta para picar a ponta do dedo e gerar uma pequena gota de sangue. Então a pessoa coloca essa gota de sangue em uma tira de teste descartável.

A tira de teste deve ser inserida no medidor eletrônico, onde será mostrado o nível de açúcar no sangue.

Outra opção é um monitor contínuo de glicose. Um pequeno fio é inserido sob a pele do abdômen. A cada cinco minutos, o fio medirá os níveis de glicose no sangue e entregará os resultados a um monitor colocado na roupa ou no bolso. Isso permite o médico mantenha uma leitura em tempo real dos níveis de glicose no sangue.

O açúcar elevado no sangue caracteriza uma hiperglicemia (alto índice glicêmico), que pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Hiperglicemia em jejum. É quando o açúcar no sangue é superior a 130 mg/dL (miligramas por decilitro) depois de não comer ou beber por pelo menos oito horas;
  • Hiperglicemia pós-prandial ou pós-refeição. É quando o açúcar no sangue é superior a 180 mg/dL duas horas depois de comer.

Pessoas sem diabetes raramente têm níveis de açúcar no sangue acima de 140 mg/dL após uma refeição, a menos que tenha sido uma refeição muito grande.

Sintomas de hiperglicemia

Imagem de  Diabetesmagazijn.nl no Unsplash

Níveis elevados de açúcar no sangue podem causar danos aos nervos, vasos sanguíneos e órgãos, levando a outras condições graves.

Em pessoas que possuem diabetes tipo 2 ou estão em risco de ter, o nível elevado de açúcar no sangue pode causar uma condição potencialmente fatal em que o organismo não processa o açúcar. Esse quadro é chamado de síndrome não-cetótica hiperosmolar hipergêmica (HHNS). A pessoa urina com mais frequência no início e depois com menos frequência, mas a urina pode ficar escura e o organismo seriamente desidratado.

É importante tratar os sintomas de açúcar elevado no sangue imediatamente para evitar complicações. Para evitar, procure parar o consumo de alimentos com alto índice glicêmico.

Os sintomas precoces de hiperglicemia incluem:

  • Micção frequente;
  • Sede excessiva;
  • Visão embaçada;
  • Fadiga;
  • Dor de cabeça.

Os sintomas tardios de hiperglicemia incluem:

  • Mau hálito com cheiro de fruta;
  • Perda de peso (por não haver mais insulina, o corpo usa a gordura estocada);
  • Náuseas e vômitos;
  • Respiração curta;
  • Boca seca;
  • Cansaço;
  • Confusão;
  • Dor abdominal;
  • Coma.

Uma forma de evitar níveis o alto IG e os pesares decorrentes desse quadro é manter uma dieta equilibrada a longo prazo, procurando consumir alimentos com baixo índice glicêmico. Dê preferência aos alimentos integrais, ricos em fibras e proteínas e evite refinados como o açúcar, a farinha de trigo e o arroz. Exercícios também ajudam a reduzir os níveis de glicose.

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Se você possui hiperglicemia, não se automedique, procure ajuda médica.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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