A inflamação é uma resposta do mecanismo de defesa do corpo e desempenha um papel no processo de cura.
Quando o corpo detecta um intruso, ele lança reações biológicas para tentar removê-lo, desencadeando a resposta inflamatória. O processo é caracterizado pelo acúmulo de proteínas plasmáticas nos tecidos lesionados, liberação de glóbulos brancos para região afetada e dilatação de vasos sanguíneos pequenos para que esses glóbulos a plasma alcancem o local. O invasor pode ser um corpo estranho, como um espinho, um agente irritante ou um patógeno. Patógenos comuns incluem micro-organismos como bactérias, vírus e outros organismos que causam infecções.
Além de agentes causadores da inflamação, às vezes, o corpo percebe erroneamente suas próprias células ou tecidos como prejudiciais. Essa reação inflamatória pode levar a doenças autoimunes, como diabetes tipo 1. A inflamação pode contribuir para uma ampla gama de doenças crônicas. Exemplos disso são a síndrome metabólica, incluindo doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas e obesidade.
A condição pode ser aguda ou crônica:
Uma lesão ou doença pode envolver um processo inflamatório agudo ou de curto prazo. Ela pode acontecer em resposta à exposição a uma substância inflamatória, como picada de abelha ou poeira, uma lesão ou uma infecção. Existem cinco sinais e sintomas principais de inflamação aguda: dor, vermelhidão, inchaço, perda de função e calor nos tecidos danificados.
No entanto, esses sintomas que podem se desenvolver nem sempre estão presentes. Às vezes, a inflamação aguda é “silenciosa”, sem sintomas. Ela também pode causar cansaço, indisposição e febre.
Os sintomas de inflamação aguda duram alguns dias. A inflamação subaguda dura de 2 a 6 semanas. Os sinais de inflamação aguda podem aparecer em horas ou dias, dependendo da causa.
Em alguns casos, eles podem se tornar graves rapidamente. Como eles se desenvolvem e quanto tempo duram depende da causa, da parte do corpo que afetam e de fatores individuais.
A inflamação crônica pode continuar por meses ou anos. Ela pode estar vinculada a várias doenças, como:
A inflamação crônica pode se desenvolver pelas seguintes causas:
Além disso, outros fatores que contribuem para a inflamação incluem:
Um remédio anti-inflamatório pode ajudar a curar a inflamação. Dependendo do nível, anti-inflamatórios não esteroides (AINES), usados no tratamento de dores leves a moderadas, podem resolver o problema. Porém, é fundamental sempre consultar um especialista.
Além disso, alguns alimentos e dietas também podem ajudar a diminuir a inflamação de forma caseira.
Alguns alimentos contêm nutrientes que podem ajudar a reduzir a inflamação, como:
O gengibre contém mais de 100 compostos ativos, como gingerol, shogaol, zingiberene e zingerone, para citar apenas alguns. Provavelmente, são eles os responsáveis pelos incríveis benefícios à saúde, incluindo a redução da inflamação no corpo.
Estudos descobriram que o gengibre pode reduzir marcadores inflamatórios, como TNF-α e interleucina 1 beta (IL-1β), bem como reduzir a dor nas articulações e aumentar a mobilidade articular.
O alho (Allium sativum) é uma especiaria popular com um cheiro e sabor fortes. As pessoas o usam na medicina tradicional há milhares de anos para tratar artrite reumatoide, tosse, prisão de ventre, infecções, dores de dente e muito mais.
A maioria dos benefícios do alho à saúde vem de seus compostos de enxofre, como alicina, dissulfeto de dialila e S-alilcisteína, que têm propriedades anti-inflamatórias.
Estudos mostram que o alho pode ajudar a aumentar os antioxidantes no corpo, como a glutationa (GSH) e a superóxido dismutase (SOD). Ele também regula os marcadores promotores da inflamação, como a interleucina 10 (IL-10) e o fator nuclear-κB (NF-κB).
O açafrão-da-terra, também conhecido como cúrcuma (Curcuma longa) contém mais de 300 compostos ativos. O principal é um antioxidante chamado curcumina, que tem poderosas propriedades anti-inflamatórias.
A curcumina presente na cúrcuma pode bloquear a ativação de NF-κB, uma molécula que ativa os genes promotores da inflamação.
Pesquisas sugerem que tomar suplementos de cardamomo pode reduzir os marcadores inflamatórios, como CRP, IL-6, TNF-α e MDA. Além disso, um estudo descobriu que o cardamomo é capaz de aumentar os níveis de antioxidantes no corpo em até 90%.
A pimenta-preta (Piper nigrum L.), ou pimenta-do-reino, é conhecida como a rainha das especiarias, pois é popular em todo o mundo. Tradicionalmente, as pessoas usavam pimenta-do-reino para tratar certas condições de saúde, como asma, diarreia e doenças gástricas.
Além disso, pesquisas indicam que a pimenta-do-reino e seu principal composto ativo, piperina, podem desempenhar um papel importante na redução da inflamação no corpo.
O ginseng tem sido associado a muitos benefícios à saúde, principalmente devido aos seus compostos ativos chamados ginsenosídeos. Seus efeitos incluem a redução dos sinais de inflamação no corpo.
O chá verde (Camellia sinensis L.) é um chá de ervas popular que as pessoas costumam apregoar por seus benefícios à saúde. Esta erva está repleta de compostos saudáveis chamados polifenóis, particularmente epigalocatequina-3-galato (EGCG).
Estudos relacionaram esses compostos a benefícios para o cérebro e o coração. Eles também podem ajudar as pessoas a perder gordura corporal e reduzir a inflamação.
Os polifenóis do chá verde também parecem ser benéficos para condições inflamatórias de saúde, como osteoartrite, artrite reumatóide, doença de Alzheimer, doenças gengivais e até mesmo certos tipos de câncer.
O alecrim (Salvia rosmarinus) é rico em polifenóis, particularmente ácido rosmarínico e ácido carnósico, que são capazes de reduzir a inflamação.
Há milhares de anos, as pessoas valorizam a canela por suas propriedades para a saúde.
Uma análise de 12 estudos em mais de 690 participantes descobriu que a ingestão diária de canela reduzia significativamente os marcadores inflamatórios CRP e MDA, em comparação com um placebo.
Além disso, a canela também aumenta os níveis de antioxidantes do corpo, prevenindo doenças e envelhecimento prematuro da pele.
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