Aluguel de carros não é uma idéia muito difundida no Brasil. Comumente, alugamos carros apenas quando viajamos para outros Estados ou países. Mas, em vários lugares do mundo, o compartilhamento de carros já é uma realidade (veja mais aqui)
Existem algumas formas de se fazer isso. Na Europa, por exemplo, o compartilhamento de carros elétricos é sucesso na França. Já em Berlim, na Alemanha, o método foi sendo melhorado e ganhou investimento de grandes empresas que viram na sustentabilidade deste conceito uma oportunidade de mercado. O processo é simples: basta se cadastrar e pagar uma taxa de adesão de € 29 por mês, baixar um aplicativo e verificar a disponibilidade de veículos nas redondezas. Assim que um veículo estiver disponível, é possível usá-lo pelo tempo que for necessário e depois deixá-lo em qualquer lugar. Antes de dirigir, um painel eletrônico contendo uma pesquisa avalia o estado em que foi encontrado o veículo, para pontuar quais usuários são cuidadosos e quais não poderão mais usufruir do serviço. A conta vem pelo correio.
No Brasil, algumas empresas fazem o mesmo serviço, como a ZazCar, por exemplo. O processo é praticamente o mesmo, mas o aluguel é feito por hora. No caso de Berlim, paga-se por minuto a tarifa de 31 centavos de euro. Outra diferença é que, no Brasil, é necessário retirar o veículo em um dos postos cadastrados, enquanto no sistema europeu, o cliente cadastrado recebe um cartão para entrar no veículo e uma senha para poder ligar o carro.
Se na Europa esse sistema está bem encorpado, em outros países, como nos EUA, empresas tiveram iniciativas inovadoras. Esse é o caso da Relay Rides, a primeira empresa do mundo a viabilizar o aluguel de veículos entre indivíduos. A empresa oferece US$ 1 mil por mês para aqueles que alugarem seus veículos.
Segundo a empresa, muitas pessoas estão utilizando essa possibilidade de emprestar seus carros e serem remunerados por isso. Micro gestores de frota estão surgindo, inclusive largando empregos para viver dessa maneira – são poucos os que tomam esse tipo de atitude, mas já há um crescimento de nicho. E não é só o dinheiro que leva pessoas a optarem pelo aluguel de carro – algumas são motivadas por questões ambientais, como a redução de emissões.
Existem regras para tornar o negócio plausível. Afinal de contas, ninguém vai alugar um carro que está cheio de defeitos ou que mal consegue sair do lugar de tão velho que está. Aliás, se você pensa que quem disponibiliza seus carros para alugar tem veículos “meia-boca”, está muito enganado. Dá uma olhada na página inicial do site da Relay Rides:
Para garantir o nível que vemos na foto, existem regras:
Pelo site, o dono do veículo define o preço e diz em qual horário estará disponível. Para fazer parte, carros e locatários passam por uma triagem: os veículos devem ter, no máximo, dez anos de uso e menos de 130 mil quilômetros rodados, e os motoristas precisam ter a carteira limpa de infrações.
É necessário analisar os prós e os contras de iniciativas como esta, da Relay Rides. Seguem algumas dicas para saber como é possível ser ecologicamente correto e até ganhar uma grana extra quando o assunto é compartilhamento de carros:
Em algumas sociedades é difícil imaginar o compartilhamento de certas coisas, principalmente carros. O carro é um objeto muito valorizado na sociedade atual, sendo sempre associado a conquistas e ao estilo de vida de uma pessoa. Por toda essa influência cultural, não é tão simples se desapegar do carro, mesmo que seja por algumas horas, mas é uma atitude que questiona a lógica do “ter” e pode ajudar, caso se torne um hábito difundido, a amenizar as emissões.
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