Imagem: Divulgação
A Samsung Electronics, fabricante multinacional sul-coreana de eletrônicos, acaba de lançar seu portfólio de 2022. A marca desenvolveu televisores e soundbars com foco em sustentabilidade, experiência audiovisual imersiva, conectividade, design e qualidade de imagem e som.
Marcando o setor com inovação e consciência ambiental, a Samsung apostou em circularidade e diferenciais tecnológicos com as novas Neo QLED 8K e 4K, incluindo a exclusiva Gaming TV, a linha Lifestyle e as novas versões de televisores QLED e Crystal UHD.
A Neo QLED é a tecnologia de tela mais avançada da Samsung. O modelo traz um painel iluminado com LEDs minúsculos, no lugar do LED convencional. Esses pontos de luz ajudam a criar um contraste maior, melhorando a qualidade da imagem exibida.
A tecnologia por trás das QLEDs está na iluminação de painel por pequenos pontos de luz (os pontos das Neo QLEDs são ainda menores). A linha oferece três modelos, todos com resolução 4K.
Os modelos da linha Crystal UHD são os mais acessíveis. Todos são 4K e vêm equipados com um painel de LED aprimorado pela Samsung, que promete cores vibrantes e brilho na medida certa. O design inovador, com bordas finas, não perde em nada para os modelos mais sofisticados.
As soundbars desenvolvidas pela Samsung potencializam o som da TV e elevam a imersão do usuário, oferecendo uma experiência de uso de qualidade para quem deseja jogar videogame, assistir a filmes, séries, shows, produções digitais e curtir as principais exibições esportivas de eventos do mundo todo, como o Mundial de Futebol.
A marca declarou compromisso com a meta de zerar suas emissões líquidas de CO2 até 2050, indo ao encontro das expectativas do Acordo de Paris. Net Zero, ou Net Zero Carbon (Zero Emissão Líquida de Carbono, em tradução livre) é uma expressão em inglês que se refere a um estado em que a emissão de gases de efeito estufa (GEEs) é equilibrada pela sua remoção da atmosfera.
O Acordo de Paris sublinha a necessidade de um acordo Net Zero, exigindo que as nações, com a atuação de empresas e apoio da sociedade civil, alcancem um equilíbrio entre as emissões e seus sumidouros de gases de efeito estufa.
No novo catálogo, a marca decidiu abrir mão do apelo visual de suas embalagens em prol do meio ambiente. Diferente das embalagens de produtos de lançamentos anteriores ao catálogo 2022, as novas caixas não demandam o uso de tintas, grampos e isopor em seu transporte.
As embalagens das TVs, que são eco-friendly e feitas de papelão – um material facilmente reciclável – também são reutilizáveis, podendo ser transformadas em objetos úteis para a casa, e contêm 90% menos tinta, com a diminuição dos textos e ilustrações.
Evitar o uso de isopor é um ganho relevante para a Samsung, a sociedade e o meio ambiente, uma vez que esse tipo de plástico possui difícil reciclagem por inviabilidade econômica para as cooperativas de reciclagem.
O isopor é um produto sintético proveniente do petróleo, sendo composto por 98% de ar e 2% de plástico. O estireno, a principal matéria-prima utilizada na sua produção, é um composto químico que foi objeto de dezenas de estudos desde que os plásticos foram desenvolvidos.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) encara essa substância com desconfiança. Após observar profissionais que têm contato diário com esse produto, a agência constatou que pessoas expostas ao estireno passaram a sofrer de problemas de saúde como dores de cabeça, depressão, perda auditiva e problemas neurológicos. De acordo com a EPA, “vários estudos epidemiológicos sugerem vínculo entre a exposição ao estireno e um aumento no risco de leucemia e linfoma.
Além disso, o tempo de decomposição do isopor é considerado indeterminado, o que significa que ele pode durar centenas de anos. Com o passar do tempo, no meio ambiente, ele tende a se quebrar, dando origem ao microplástico, que possui a capacidade de absorver compostos químicos tóxicos, como agrotóxicos, pesticidas e metais pesados, como mercúrio e chumbo, presentes principalmente nos rios, lagos e oceanos.
Muitos animais como peixes, tartarugas, baleias e golfinhos confundem esse microplástico e pequenos pedaços de isopor com organismos marinhos – e acabam se “alimentando” deles. O resultado disso é a intoxicação não apenas dos animais marinhos, mas também de qualquer ser que se alimente deles, incluindo os seres humanos.
O controle remoto SolarCell, que já está disponível a partir da categoria Crystal UHD 4K, é totalmente livre de pilhas e tem alta eficiência energética. Além do carregamento por energia solar ou da própria luz ambiente, ele pode ser recarregado via radiofrequência, absorvendo energia de roteadores Wifi de 2,4 gigahertz. O SolarCell também é fabricado com resíduos plásticos provenientes da pesca fantasma retirados dos oceanos.
Apesar da marca não mencionar o número de ciclos de carregamento da bateria recarregável do controle ou tempo de durabilidade do equipamento, a iniciativa é interessante, pois além da conveniência de não necessitar a troca de pilhas e o deslocamento para o seu descarte, o controle SolarCell evitará o descarte de 130 milhões de pilhas no Brasil, reduzindo a contaminação não intencional do solo e da água por metais pesados nocivos. Somando a todas essas melhorias, a Samsung ainda abriu o código de desenvolvimento da tecnologia do SolarCell para que todos os fabricantes possam seguir essa iniciativa.
Sustentabilidade é um pilar crucial na Samsung, por isso, até 2030, a marca pretende expandir o escopo de seu sistema de coleta de lixo eletrônico de 50 países para 180, e o Brasil está incluído nessa meta.
O lixo eletrônico tem potencial de transformação e pode até ser lucrativo para as empresas fabricantes. Quando manejados corretamente, esses resíduos podem ganhar vida nova, gerando faturamento para as geradoras. Além disso, a relação entre lixo eletrônico e logística reversa é fundamental para poupar o meio ambiente, evitando a contaminação de solos, mananciais e o surgimento de doenças.
Ainda segundo a lei brasileira, a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos é compartilhada. Logo, todos somos parte deste processo. Cabe ao consumidor entregar os eletrônicos que deseja descartar em locais adequados, que não o lixo comum. Após o fim da vida útil de seus eletroeletrônicos, devolva-os para o ciclo produtivo. Encontre postos de descarte de eletroeletrônicos no mecanismo de busca gratuito do Portal eCycle. Faça sua parte para que o seu e-waste não se transforme em resíduos tóxicos.
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