Insetos: características e funções vitais

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Insetos são animais pertencentes ao filo dos artrópodes e vivem em quase todos os habitats do planeta. Estima-se que haja 10 quintilhões desses seres no globo. Sendo mais de 800 mil espécies, e os cientistas já nomearam um milhão de espécies.

Além de diversos, os insetos possuem funções fundamentais para o meio ambiente e para todos os ecossistemas. Eles são responsáveis por polinizar as plantas e decompor matéria vegetal e animal.

Também são fonte de alimento para animais de outros níveis da cadeia alimentar, os insetos têm sido considerados a proteína do futuro. Contudo, o declínio de algumas espécies é motivo de preocupação de cientistas.

Insetos para consumo humano: proteína do futuro

Características dos insetos

Diferente dos outros artrópodes, como centopeias e aranhas, os insetos apresentam três pares de pernas articuladas e corpos divididos em cabeça, tórax, e abdome. Na cabeça, eles possuem os olhos, um par de antenas e as peças bucais.

O tórax é dividido em três segmentos, geralmente tem três pares de pernas e pode ter um ou dois pares de asas. Também é no tórax que se encontram orifícios chamados espiráculos por onde os organismos inalam oxigênio e exalam dióxido de carbono. Por sua vez, o abdome contém os órgãos do sistema digestivo, reprodutor e excretor, onde ficam os túbulos de malpighi.

Com base nas diferentes estruturas, a classe denominada Insecta se subdivide em diferentes ordens. As que contêm o maior número de espécies são:

  • Coleoptera (besouros);
  • Lepidoptera (borboletas e mariposas);
  • Hymenoptera (formigas, abelhas e vespas);
  • Diptera (moscas).

Outro critério para a subdivisão é o tipo de metamorfose presente no ciclo de vida dos insetos. As borboletas, por exemplo, fazem parte da superordem Endopterygota, pois realizam metamorfose completa.

Isso significa que os organismos passam por mudanças bastante perceptíveis em quatro fases distintas. Diferente da metamorfose incompleta, em que a modificação é gradual e menos perceptível.

Passando pela metamorfose completa, a borboleta começa eclodindo do ovo como uma larva. Posteriormente, ela entra em fase de pupa, fica presa no casulo e, por fim, vira um adulto alado.

Boa parte dos insetos são pequenos, chegando a cerca de seis milímetros de comprimento. Mas também há alguns besouros e vespas microscópicas, enquanto outros organismos, como a Mariposa Hércules, podem chegar a 27 centímetros.

Funções vitais dos insetos em nosso ecossistema

Foto de Clément Falize no Unsplash

Fornecer comida

Os insetos fazem parte de quase todas as cadeias alimentares. Animais maiores, como pássaros, anfíbios e morcegos, se alimentam deles. Por isso, suspeita-se que a morte desses organismos seja uma das principais causas do declínio recente das populações de pássaros.

Atuar na decomposição

insetos que comem resíduos e por isso disponibiliza nutrientes para serem utilizados por outros organismos do ecossistema. Em outras condições, esses resíduos poderiam ficar presos na matéria residual, como plantas mortas e carniça. Assim, não seria possível existir vida no planeta na forma em que a conhecemos

Esse é o caso, por exemplo, do besouro-africano – também conhecido como besouro-do-esterco ou rola-bosta. Esse inseto ajuda a decompor as fezes. Por isso, é tido como o meio mais prático e natural de retirar as fezes em pastagens. Além de controlar a mosca-dos-chifres, que aparece nas fezes do gado.

Ajudar e proteger as plantações

Algumas espécies de insetos se alimentam de outras espécies consideradas pragas para as plantações, atuando como verdadeiros pesticidas naturais.

As joaninhas, por exemplo, consomem os pulgões. Além disso, elas colocam ovos nas colônias dos outros organismos, dessa forma, quando as larvas saem, imediatamente já começam a se alimentar.

Polinizar

Cerca de 90% das espécies de plantas com flores e 75% das plantas agrícolas dependem da polinização dos animais, sobretudo dos insetos.

A abelha é um exemplo de animal que realiza a polinização. Por meio desse processo, as flores são fecundadas dando início ao desenvolvimento de frutos e sementes.

Transformar o solo

Alguns insetos, como cupins e formigas, podem transformar o solo em climas quentes e secos. Eles constroem túneis que arejam o solo duro, ajudando a reter água e adicionando nutrientes.

Cientistas alertam sobre o declínio dos insetos

Cientistas chamam atenção para a preocupação em relação ao declínio desse grupo de animais. Tendo em vista a importância dos insetos para os ecossistemas. Uma compilação mundial de estudos mostrou que o número de organismos que vivem na Terra está em declínio. Em média, há uma queda global de 0,92% ao ano, o que significa 24% em 30 anos e 50% menos em 75 anos.

Uma contagem anual de inverno pela Xerces Society registrou menos de 2 mil borboletas monarcas ocidentais. Uma das principais causas da extinção dessa espécie são as mudanças climáticas.

Cientistas também apontaram outras possibilidades para o declínio dos insetos. Dentre elas, as principais são a urbanização, que envolve a destruição de habitats naturais, e as mudanças do uso da terra.

O uso de pesticidas também é uma ameaça. Em abelhas, estudos já mostraram que substâncias como neonicotinoides causam prejuízos à memória e ao relógio cerebral desses animais.

Dentre as ideias para ajudar os insetos, os pesquisadores sugerem cultivar plantas nativas, evitar pesticidas. Além de manter as árvores mais velhas, tocos e folhas mortas em seu local de origem, e reduzir a pegada de carbono.

Joana Coelho

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